quarta-feira, 2 de agosto de 2017
Renascer!!! - Franco Ferreira e Paulo Ricardo Costa
Como será a vida lá fora?
Sim...porque aqui onde estou,
No calor de um ventre materno,
Sinto as batidas de outro coração.
Ouço palavras doces e até entendo.
Não por que estou chegando...
Que eu não seja amado...
---que não seja acarinhado.
....que eu não seja afagado,
Com palavras e com caricias.
Dizem que logo eu verei a luz!
Mas que luz?
Se de onde venho é de pura claridade!
Se anjos e arcanjos, espíritos iluminados,
Se agigantam em palavras e sorrisos.
Aqui onde estou é escuro!
Mas envolto a um carinho de Mãe,
Me alimento no amor mais profundo,
Sem conhecer o que há nesse outro mundo,
E qual o motivo dessa minha nova aparição.
Dizem que está chegando a hora...
Ouço vozes chamando por mim!
Palavras doces, lágrimas, sorrisos.
Tudo é estranho...nada é igual!
Não sei se rio...não sei se choro!
Está muito frio!
Cortaram o que unia a nós dois!
Mas vejo o seu sorriso...
Sinto o seu calor...
De uma forma estranha...
É uma outra forma de amor!
Que mundo estranho é esse...
Há muita luz e seres apagados?
Muitos, até parece que os conheço,
Outro tantos, não sei quem são!
Suas carrancas dilatadas de sorrisos,
Balbuciam palavras sem sentido...
Chorumingando linguagens tolas,
Me embalando pra não me deixar falar!
Nasci...Nasci num mundo diferente,
Mas fui eu que escolhi voltar,
Fui eu que pedi para renascer,
Reviver num tempo, num tempo assim!
Mas o que esta vida oferecerá pra mim:
- Será de sorrisos ou de dor?
- Será de angústias ou de amor?
- Será de carinhos e de afetos?
O mundo aqui fora é frio!
Não entendo o porquê de tanta pressa?
Pessoas perdidas na imensidão sem fim...
Cobertas de chagas e na dor latente,
Confusas palavras a soar presentes...
Cruel incerteza dos que vieram antes de mim,
E se perderam no mundo, tão triste assim!
De onde vim, eu sei!
Para onde vou? Não sei.
A cada dia que passa, meu corpo muda,
Meu tamanho aumenta...
E minhas dores também!
O amor que ganhei um dia,
Já não é o mesmo!
As pessoas brigam...
Vejo o ódio no olhar de alguns.
Seres indefesos de olhar comum,
Bocas famintas a clamar por pão!
Lá fora, trancas em janelas...
Portas que não se abrem...
Gente que não se fala...
Corre o tempo na corrida incerta,
E todos passam sem me ver aqui!
Meus avós foram embora...
E todos choraram!
A tristeza se agiganta no olhar dos meus,
Onde está a crenças do que falam em Deus,
E se acham donos do que nada tem?...
Mas eu sei que eles estão bem,
Porque foram para o lugar de onde vim,
Meus Pais não sabem, mas não é o fim...
O mesmo cordão que me trouxe aqui,
É o amor que nos liga...
É o alimento sim...
E lá encontrarão a luz...
De tantos outros Chicos,
E de um Cristo, Jesus...
De braços abertos e sem a cruz!
Porque lá não há morte...
É um plano de amor, de vida e tem a sorte...
..quem parte para um novo, renascer!
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