De onde tu vens solidão...
Se chegas sempre sozinha?
Encontro-te em todos os cantos;
Se, saio na rua, tu estás lá...
Se, adentro o rancho te encontro,
Se, faço um mate, mateias comigo,
Sempre da mesma forma e jeito,
Chega quieta, calando o peito...
Amargando ânsias de um coração.
Quem teu és, solidão...
Como posso conhecê-la?
Sempre chegas nas hora quietas,
Resmungando pensamentos tolos,
E trazendo lágrimas para o meu olhar!
Quando a tarde vem deitar na janela,
E as cortinas se bordam em multicores,
O murmúrio da rua enche as calçadas,
E tu chegas como a dona do lugar.
Teu olhar de lua adormecida...
Castigada pelos bocejos de dias lúdicos,
Vomita palavras loucas em meu ouvido,
De olhar envaidecido pelas gotas de vinho.
O que te faz, ser assim, solidão...
Dona do meus momentos?
Senhora dos pensamentos tolos,
que se revezam em maus e bons!
Castigada de um silêncio infindo,
Quais chicotes a cortar-me a alma,
A sangrar-me o peito, a morrer de dor!
Talvez tu sejas parceira antiga,
que me seguiu pelos anos turvos,
e acomodou-se, como dona de mim!
Talvez, penses, Solidão!
Que teu tempo é meu tempo,
que teu riso é meu riso...
que teu mundo é o meu mundo.
Mas entenda, solidão,
que não és dona da razão,
e talvez não mereças o meu perdão.
Porque não te quero...
Não preciso de ti, em mim,
E quando pensarem que será o fim,
te verei distante...com a boca ofegante,
Perdida na multidão!
Quando a noite repontar o dia,
E o céu de estrelas esconder o pranto,
Te quero longe, bebendo estradas,
Para ouvir o vento trazer seu canto.
E das lembranças que ficarão comigo,
Terão apenas uma interrogação...
E os versos tantos que me sairão da boca,
chamar-te-ão de louca, louca solidão!
E a liberdade que eu tanto busco,
Que procurei por anos te aguentando em mim,
Chegará em forma de algum verso puro,
Vendo o teu tempo chegar ao fim!
E gritarei ao mundo que sou feliz...
Liberto ao tempo de tua ilusão,
E a vida florindo no frescor dos sonhos,
Distante de ti, ingrata solidão!
Vai solita, solidão...
Que a estrada é longa, para a ilusão.
Vai encontrar uma vida bela,
Deixa-me aqui nos braços dela,
Juntando notas de um violão.
E o tempo em que viveu em mim...
Foi apenas para aprender, enfim,
Que tudo está ao toque das mãos,
Por isso adeus!...
Companheira, Solidão!
Se chegas sempre sozinha?
Encontro-te em todos os cantos;
Se, saio na rua, tu estás lá...
Se, adentro o rancho te encontro,
Se, faço um mate, mateias comigo,
Sempre da mesma forma e jeito,
Chega quieta, calando o peito...
Amargando ânsias de um coração.
Quem teu és, solidão...
Como posso conhecê-la?
Sempre chegas nas hora quietas,
Resmungando pensamentos tolos,
E trazendo lágrimas para o meu olhar!
Quando a tarde vem deitar na janela,
E as cortinas se bordam em multicores,
O murmúrio da rua enche as calçadas,
E tu chegas como a dona do lugar.
Teu olhar de lua adormecida...
Castigada pelos bocejos de dias lúdicos,
Vomita palavras loucas em meu ouvido,
De olhar envaidecido pelas gotas de vinho.
O que te faz, ser assim, solidão...
Dona do meus momentos?
Senhora dos pensamentos tolos,
que se revezam em maus e bons!
Castigada de um silêncio infindo,
Quais chicotes a cortar-me a alma,
A sangrar-me o peito, a morrer de dor!
Talvez tu sejas parceira antiga,
que me seguiu pelos anos turvos,
e acomodou-se, como dona de mim!
Talvez, penses, Solidão!
Que teu tempo é meu tempo,
que teu riso é meu riso...
que teu mundo é o meu mundo.
Mas entenda, solidão,
que não és dona da razão,
e talvez não mereças o meu perdão.
Porque não te quero...
Não preciso de ti, em mim,
E quando pensarem que será o fim,
te verei distante...com a boca ofegante,
Perdida na multidão!
Quando a noite repontar o dia,
E o céu de estrelas esconder o pranto,
Te quero longe, bebendo estradas,
Para ouvir o vento trazer seu canto.
E das lembranças que ficarão comigo,
Terão apenas uma interrogação...
E os versos tantos que me sairão da boca,
chamar-te-ão de louca, louca solidão!
E a liberdade que eu tanto busco,
Que procurei por anos te aguentando em mim,
Chegará em forma de algum verso puro,
Vendo o teu tempo chegar ao fim!
E gritarei ao mundo que sou feliz...
Liberto ao tempo de tua ilusão,
E a vida florindo no frescor dos sonhos,
Distante de ti, ingrata solidão!
Vai solita, solidão...
Que a estrada é longa, para a ilusão.
Vai encontrar uma vida bela,
Deixa-me aqui nos braços dela,
Juntando notas de um violão.
E o tempo em que viveu em mim...
Foi apenas para aprender, enfim,
Que tudo está ao toque das mãos,
Por isso adeus!...
Companheira, Solidão!
Sem comentários:
Enviar um comentário