A
palavra fere...
rasga...
sangra!
Tem
força de vento,
de
mil temporais!
É
lúdico incauto,
peso
de canga...
que
prende aos conceitos,
os
valores racionais.
A
palavra que lavra,
a
sentença na linha,
no
rastro da tinta...
no
contorno da mão;
Tem
forma deforma,
em
jeito e tamanho,
...latente
momento...
na
"friêz" da ocasião!
Enchente
de verbos...
Sujeitos
ocultos,
Metáforas
brandas
em
frases polidas;
Simplesmente
palavra,
tão
solta e tão só...
Em
tons de fonemas,
aprendizados
pra vida.
Na
mão que desliza,
na
plenitude da cena,
metamórfica
liberdade,
pelo
bailado da pena,
Refaz
sentimentos...
(uma
angústia macabra)
transformando
em frases,
a
escravidão da palavra.
Num
tempo sem tempo,
tão
velho e tão gasto,
com
verbos adormecidos,
em
alfarrábios sem cor...
Sucumbindo
ao silêncio,
pelo
negrume das letras,
empoeirando
estantes...
Nalgum
frio corredor!
A
palavra mais dura,
que
não vem na escrita,
é
a que calam as bocas,
que
por vezes não ditas,
sufocam
os sentidos...
por
almas pequenas,
ou
enfeitam os ouvidos,
nas
entrelinhas dos poemas.
Do
verso ao reverso...
da
semântica escrita,
A
pleonástica linguagem,
verbalização
do tempo,
miscelânea
de formas,
sem
normas e regras...
que
trazem as palavras,
quando
soltas ao vento.
A
palavra fere...
como
lâmina, ferida;
de
bocas erre ondas,
na
insensatez da vida;
Por
vezes se agiganta,
na
estupidez de quem fala,
fomentando
a garganta,
e
humilhando quem cala!
Palavra
que rasga...
qual
corte profundo,
qual
pedra que esmaga,
a
humildade do mundo!
Depois
que se solta...
em
frases mal ditas,
(é
bala que queima)
na
pele da escrita.
Palavras
não ditas...
Em
gritos calados,
Vão
ferindo a escrita...
Em
seus predicados;
Metáforas
inconstantes,
De
sonhos e desejos...
De
amados e amantes,
De
carícias e beijos!
Palavra
que sangra,
com
dor latente...
remorso
proscrito,
no
peito da gente,
Força
de um ódio,
que
o tempo não apaga,
chorando
a tristeza...
Na
dor da palavra!
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