Hoje eu tenho
razões para chorar,
E razões que são somente minhas,
Pois a dor nunca chega sozinha,
E nem avisa quando vai chegar,
Vem trazendo lágrimas ao olhar,
Nublando o tempo e as cores,
Deixando sem vida, as flores,
Deixando sem vida, a vida...
Consumindo a alma, dolorida,
Como quem esmaga os amores.
E razões que são somente minhas,
Pois a dor nunca chega sozinha,
E nem avisa quando vai chegar,
Vem trazendo lágrimas ao olhar,
Nublando o tempo e as cores,
Deixando sem vida, as flores,
Deixando sem vida, a vida...
Consumindo a alma, dolorida,
Como quem esmaga os amores.
Ontem eu tive as
mesmas razões,
E chorei qual criança, inocente,
Porque vem um aperto na gente,
Com força de mil furacões...
Empurrando contra os paredões,
Que imprensa sonho e razão,
E vai, se adonando do coração,
Esmagando pedaço por pedaço,
Como se o mundo, o espaço,
Se abrisse sobre o meu chão!
E chorei qual criança, inocente,
Porque vem um aperto na gente,
Com força de mil furacões...
Empurrando contra os paredões,
Que imprensa sonho e razão,
E vai, se adonando do coração,
Esmagando pedaço por pedaço,
Como se o mundo, o espaço,
Se abrisse sobre o meu chão!
E a gente fica
se perguntando:
- Até quando esse pesadelo?
Será que um dia vou esquecê-lo,
Ou ficarei, eternamente, penando?
Pois hoje, só me vejo chorando,
Com lágrimas minhas e tuas...
Já te busquei por tantas ruas,
Por serras, por campos e por mar,
Ainda sinto o teu perfume no ar,
Nas alamedas, pelas noites de lua.
- Até quando esse pesadelo?
Será que um dia vou esquecê-lo,
Ou ficarei, eternamente, penando?
Pois hoje, só me vejo chorando,
Com lágrimas minhas e tuas...
Já te busquei por tantas ruas,
Por serras, por campos e por mar,
Ainda sinto o teu perfume no ar,
Nas alamedas, pelas noites de lua.
Hoje eu tenho
razões para chorar,
Razões que acorrentaram a saudade,
E que vão se fazendo ansiedade...
Até a primeira lágrima rolar,
Depois, como um rio a inundar,
Escorrem pela face, sem destino,
Onde mergulham sonhos peregrinos,
Envelhecidos ao tempo de espera,
Zeloso, qual um frio de tapera,
Incerto, qual balbuciar de um menino.
Razões que acorrentaram a saudade,
E que vão se fazendo ansiedade...
Até a primeira lágrima rolar,
Depois, como um rio a inundar,
Escorrem pela face, sem destino,
Onde mergulham sonhos peregrinos,
Envelhecidos ao tempo de espera,
Zeloso, qual um frio de tapera,
Incerto, qual balbuciar de um menino.
Não me perguntes
por que choro,
Nem, se chorar vale a pena...
Pois, se a dor já me condena,
E é diante dela que te imploro,
Se no teu coração, ainda moro,
Ou ainda existe um pouco de mim,
Não deixe o meu sofrer assim,
Gritando feito louco, alucinado,
Pois de saudade vivo condenado,
Só esperando pela hora do fim!
Nem, se chorar vale a pena...
Pois, se a dor já me condena,
E é diante dela que te imploro,
Se no teu coração, ainda moro,
Ou ainda existe um pouco de mim,
Não deixe o meu sofrer assim,
Gritando feito louco, alucinado,
Pois de saudade vivo condenado,
Só esperando pela hora do fim!
E enquanto essa
hora não chega,
Na ânsia de quem, te busca,
Por entre o tempo se ofusca...
Adormecido em noite negra,
Enquanto essa hora não chega,
Sigo a vida, mesmo sem tê-la,
Buscando o céu para vê-la,
Na luz de um cometa errante,
Quem sabe, sermos amantes,
Na asa de alguma estrela.
Na ânsia de quem, te busca,
Por entre o tempo se ofusca...
Adormecido em noite negra,
Enquanto essa hora não chega,
Sigo a vida, mesmo sem tê-la,
Buscando o céu para vê-la,
Na luz de um cometa errante,
Quem sabe, sermos amantes,
Na asa de alguma estrela.
Vou vivendo do
meu jeito,
Entre o que tenho e o que posso,
Guardando o que já foi nosso,
E que ainda é teu por direito,
Com um talho aberto no peito,
Que ainda teima em sangrar,
Pois jamais me canso de amar,
Esse teu encanto de mulher...
Será que o mundo ainda quer,
Alguma razão para eu chorar?
Entre o que tenho e o que posso,
Guardando o que já foi nosso,
E que ainda é teu por direito,
Com um talho aberto no peito,
Que ainda teima em sangrar,
Pois jamais me canso de amar,
Esse teu encanto de mulher...
Será que o mundo ainda quer,
Alguma razão para eu chorar?
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