quarta-feira, 2 de agosto de 2017

INSANO!


Às vezes, me paro, sem saber quem sou!


Fugindo da sombra que me persegue,
De olhos esbugalhados,
eu vejo àquilo que ninguém vê...
Que ninguém consegue!
E busco na elucides dos dias...
Os dias que já foram embora;
Porque o que vejo, o que sinto,
Não está escrito em livros atuais,
Nem nas lápides frias que enfeitam
as memórias tolas e desumanas...

Uns dizem que sou louco!
Outros me olham com desleixo,
E há tantos que nem me olham,
Porque o que falo, não entendem,
O que vejo, não enxergam...
O que busco, não compreendem,
E o que sou eles não sabem!

Meu refúgio são as letras...
Minha casa são os livros,
O meu mundo é bem maior,
E não tem tempo, para o tempo,
Não é marcado por hora...
Não se conhecem os dias.

Para mim o que vale é viver,
É ver a beleza da noite...
O brilho das estrelas,
O encanto do mar, do céu;
É amar sem cobrar...
É doar sem pedir,
É alimentar sem ter fome,
É viver para viver...
Sonhar, compreender, sorrir!

Às vezes, me paro sem saber quem sou!
Mas o que importa o meu ser...
No meio de tantos que vão e vem?
Sou mais um perdido na multidão.
Tão longe de mim, tão perto do nada,
Há àqueles que me veem e fingem que
não me veem...
Há outros que veem e nem querem ver,
E todos passam e a vida passa e o
tempo passa, mas eu fico...
Fico na minha elucides!

Porque elucides é fuga...
É distância da distância...
É solidão rodeada de gente,
É um mundo indiferente,
Sem portas, nem janelas,
É casa sem teto...
É vida sem vida...
É apenas um espaço onde
cabe apenas um...
Eu!

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