Meu nome é felicidade,
E sou casada com o tempo,
Ele é o dono das verdades,
E a cura dos sentimentos.
Nós tivemos três filhos...
Amor, Amizade e Sabedoria,
Nunca vivemos tranquilos,
Sofrendo dia após dia.
A mais velha, a Amizade,
Linda, terna e sincera...
Só preza pela verdade,
Do outro nada espera.
A outra é a Sabedoria,
Culta, integra e apegada,
Tem o Pai que ela queria,
Andam juntos, abraçadas.
O mais teimoso e arteiro,
Causas de pranto e de dor,
Só o Tempo que entende...
E cura as feridas do Amor.
Meu nome é Felicidade,
Tenho uma família bonita,
Longe do ódio e maldade,
Fica comigo e acredita.
Qualquer instante do dia,
No silencio da hora morta,
Eu te leve a alegria...
Batendo na tua porta!
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2019
Doa-se um coração!
Doa-se um coração,
Cheio de defeitos...
Teimou em se jogar,
No buraco do peito.
Coração teimoso...
És um louco, suicida,
Que morres de paixão,
Sofrendo nesta vida!
Tantos nãos que levas,
Por viver machucado...
Criou uma carapaça...
Na cela dos condenados.
Doa-se um coração...
Por inutilidade e descaso,
Perdeu o sentido da vida,
Sem o calor dum abraço.
Queria meu coração...
Poder te dar um descanso,
E já velhinho, te esperar,
Numa cadeira de balanço.
Sei que tu não queres,
E vives me dizendo não...
Talvez pouco te importa,
A dor de um coração.
Por isso vou doá-lo...
Embora grande essa dor,
Prefiro um peito vazio...
Do que sofrer por amor!
Cheio de defeitos...
Teimou em se jogar,
No buraco do peito.
Coração teimoso...
És um louco, suicida,
Que morres de paixão,
Sofrendo nesta vida!
Tantos nãos que levas,
Por viver machucado...
Criou uma carapaça...
Na cela dos condenados.
Doa-se um coração...
Por inutilidade e descaso,
Perdeu o sentido da vida,
Sem o calor dum abraço.
Queria meu coração...
Poder te dar um descanso,
E já velhinho, te esperar,
Numa cadeira de balanço.
Sei que tu não queres,
E vives me dizendo não...
Talvez pouco te importa,
A dor de um coração.
Por isso vou doá-lo...
Embora grande essa dor,
Prefiro um peito vazio...
Do que sofrer por amor!
Janelas Fechadas!
Janelas fechadas,
vidraças embaçadas,
Noite de silêncio
...e de solidão!
Lá fora o frio da rua,
As luzes cristalinas não passam...
...as pessoas passam...
...o vento passa...
...o tempo passa.
... tudo passa, mas eu fico.
Fico na solidão do tempo,
Olhos embaçados...
Sorriso esbugalhado,
Frio – chuva – e solidão.
Queria o teu abraço,
...e não tenho!
Queria teu sorriso
...e não me destes!
Queria o teu calor,
...e só tem o frio...
Frio de uma noite sem estrelas,
De um céu sem luar...
Frio de sonhos...
Noites insanas...
Palavras loucas:
- Só queria te amar!
Janelas fechadas...
só ouço o sussurro do vento,
...e a tua voz embargada...
dizendo que cansou de mim!
vidraças embaçadas,
Noite de silêncio
...e de solidão!
Lá fora o frio da rua,
As luzes cristalinas não passam...
...as pessoas passam...
...o vento passa...
...o tempo passa.
... tudo passa, mas eu fico.
Fico na solidão do tempo,
Olhos embaçados...
Sorriso esbugalhado,
Frio – chuva – e solidão.
Queria o teu abraço,
...e não tenho!
Queria teu sorriso
...e não me destes!
Queria o teu calor,
...e só tem o frio...
Frio de uma noite sem estrelas,
De um céu sem luar...
Frio de sonhos...
Noites insanas...
Palavras loucas:
- Só queria te amar!
Janelas fechadas...
só ouço o sussurro do vento,
...e a tua voz embargada...
dizendo que cansou de mim!
A amizade é um amor sem asas!
Minha vida é assim:
...um pouco do que sou,
...do que penso,
É o exagero é o bom censo
...é um sonho que passou...
É uma fagulha que ficou
talvez perfume de incenso.
Muitas vezes incompreendido...
...esquecido, perdido!
E com o peito ferido,
por alguém que o rejeitou...
mas, amou, clamou, cantou!
E as feridas cicatrizadas
...abriram-se como flores, no nada!
Vertendo gotas molhadas,
...de água e sal, que chorou!
Sei que a vida, não é minha.
E nem tua...
Talvez seja como a lua...
que à noite anda sozinha,
Trazendo sonhos que eu tinha
e ao mundo perpetua.
E dentre tantos momentos
Que, em minha alma, cala,
O silêncio que me embala,
pois falar, eu não consigo,
Por que chamar-me de amigo?
- se isso me causa dor...
A amizade não é amor
e tu sabes bem o que eu digo!
E foram-se tantos anos...
sem saber por aonde andavas,
Não sei, se em mim, pensavas
...ou tivera outros planos,
Restou-me só o desengano
na dor cruel, das palavras;
Talvez um dia, até entenda,
a dor do amor que rejeita,
Quando a noite se deita...
os olhos se voltam pras casas,
e uma angústia me arrasa,
calando à dor da saudade...
Então descubro, na verdade...
Que a amizade...
...a amizade é um amor sem asas!
...um pouco do que sou,
...do que penso,
É o exagero é o bom censo
...é um sonho que passou...
É uma fagulha que ficou
talvez perfume de incenso.
Muitas vezes incompreendido...
...esquecido, perdido!
E com o peito ferido,
por alguém que o rejeitou...
mas, amou, clamou, cantou!
E as feridas cicatrizadas
...abriram-se como flores, no nada!
Vertendo gotas molhadas,
...de água e sal, que chorou!
Sei que a vida, não é minha.
E nem tua...
Talvez seja como a lua...
que à noite anda sozinha,
Trazendo sonhos que eu tinha
e ao mundo perpetua.
E dentre tantos momentos
Que, em minha alma, cala,
O silêncio que me embala,
pois falar, eu não consigo,
Por que chamar-me de amigo?
- se isso me causa dor...
A amizade não é amor
e tu sabes bem o que eu digo!
E foram-se tantos anos...
sem saber por aonde andavas,
Não sei, se em mim, pensavas
...ou tivera outros planos,
Restou-me só o desengano
na dor cruel, das palavras;
Talvez um dia, até entenda,
a dor do amor que rejeita,
Quando a noite se deita...
os olhos se voltam pras casas,
e uma angústia me arrasa,
calando à dor da saudade...
Então descubro, na verdade...
Que a amizade...
...a amizade é um amor sem asas!
E agora Luis? (Plageando o poeta)
E agora Luis?
A casa caiu...
A cortina se abriu,
O teatro começou!
Luis sem luz...
Carregando a cruz,
(Comparou-se a Jesus)
Blasfêmia ou rancor?
Luis dos pobres...
Sem terra e sem chão,
Do mundo pagão...
Que paga para ficar,
De fortunas ganhas...
Serás o boi de piranhas,
Para a tropa passar?
Luis que liberto...
Tem olhos de cobiça,
Senhores da justiça,
Que o justo nao pega,
Justiça que é cega...
Cumpra a sua pena,
O golpe o condena...
Solito te entrega.
É o fim, Luis...
E que triste final,
No Pais do banal...
Ja estava escrito,
Foi grande o delito,
Mãos na parede...
Caistes na rede...
Na teia do mal...
De Moro a moral,
As provas incertas,
Tu fotes o "bocaberta",
Chegou ao fim, afinal!
Apaga luz, aprendiz...
Som de cadeado,
Luis Condenado,
Porta trancada...
Paredes geladas,
Uma parte feliz,
E uma frase que diz:
(viva a toga do Rei)
- Nada esta acima da lei!
Venceu o Juiz!
A casa caiu...
A cortina se abriu,
O teatro começou!
Luis sem luz...
Carregando a cruz,
(Comparou-se a Jesus)
Blasfêmia ou rancor?
Luis dos pobres...
Sem terra e sem chão,
Do mundo pagão...
Que paga para ficar,
De fortunas ganhas...
Serás o boi de piranhas,
Para a tropa passar?
Luis que liberto...
Tem olhos de cobiça,
Senhores da justiça,
Que o justo nao pega,
Justiça que é cega...
Cumpra a sua pena,
O golpe o condena...
Solito te entrega.
É o fim, Luis...
E que triste final,
No Pais do banal...
Ja estava escrito,
Foi grande o delito,
Mãos na parede...
Caistes na rede...
Na teia do mal...
De Moro a moral,
As provas incertas,
Tu fotes o "bocaberta",
Chegou ao fim, afinal!
Apaga luz, aprendiz...
Som de cadeado,
Luis Condenado,
Porta trancada...
Paredes geladas,
Uma parte feliz,
E uma frase que diz:
(viva a toga do Rei)
- Nada esta acima da lei!
Venceu o Juiz!
Utopia!
Encharquei os meu olhos,
Pelas garoas do outono,
Na palidez do abandono,
De uma vidraça moldada,
Onde os reflexos do nada,
Transmutam a paisagem...
Desenhando a tua imagem,
Nas minhas retinas molhadas.
Talvez seja a minha loucura,
(Na insanidade dos dias)...
De ver o que nunca via...
...ou se via, nem lembrava!
O perfume que exalava,
Ante o vazio da janela...
Era a imagem do rosto dela,
Que a vidraça desenhava.
Te via no fundo do copo...
Ainda lambuzado de vinho,
Te via no abajur, sozinho...
A iluminar o desgosto...
Via o formato de um rosto,
Num espelho carcomido...
Onde refletiam os sentidos,
De um eu, do lado oposto.
Tentei enxugar as gotas...
Que molharam o assoalho,
E uma dama no baralho...
A me mostrar um coração,
Parecia me dizer um não...
Na carta em que agarro...
Com as cinzas de cigarro,
Na penúria da solidão.
Seriam apenas devaneios...
De uma mente viageira?
Ou a ilusão das roseiras...
Que dançavam ante a vidraça,
Como bailarinas sem graça,
Atormentando o meu dia...
Talvez loucura ou utopia,
De, te enxergar, na fumaça!
É triste a noite de outono,
No quarto frio, da saudade,
Aonde o sonho e a realidade...
Vivem do mesmo dilema,
Desenhado em cada cena,
Que a lua, me dá, de graça...
Esculpindo na vidraça...
Da minha alma pequena!
Morri pra o mundo de fora,
Morreu o mundo em mim...
Aos sonhos já dei um fim...
Pra solidão fazer morada,
Diante à vidraça, embaçada...
Há um par de olhos que chora,
E até a morte se foi embora...
Deixando um eu e mais nada!
Pelas garoas do outono,
Na palidez do abandono,
De uma vidraça moldada,
Onde os reflexos do nada,
Transmutam a paisagem...
Desenhando a tua imagem,
Nas minhas retinas molhadas.
Talvez seja a minha loucura,
(Na insanidade dos dias)...
De ver o que nunca via...
...ou se via, nem lembrava!
O perfume que exalava,
Ante o vazio da janela...
Era a imagem do rosto dela,
Que a vidraça desenhava.
Te via no fundo do copo...
Ainda lambuzado de vinho,
Te via no abajur, sozinho...
A iluminar o desgosto...
Via o formato de um rosto,
Num espelho carcomido...
Onde refletiam os sentidos,
De um eu, do lado oposto.
Tentei enxugar as gotas...
Que molharam o assoalho,
E uma dama no baralho...
A me mostrar um coração,
Parecia me dizer um não...
Na carta em que agarro...
Com as cinzas de cigarro,
Na penúria da solidão.
Seriam apenas devaneios...
De uma mente viageira?
Ou a ilusão das roseiras...
Que dançavam ante a vidraça,
Como bailarinas sem graça,
Atormentando o meu dia...
Talvez loucura ou utopia,
De, te enxergar, na fumaça!
É triste a noite de outono,
No quarto frio, da saudade,
Aonde o sonho e a realidade...
Vivem do mesmo dilema,
Desenhado em cada cena,
Que a lua, me dá, de graça...
Esculpindo na vidraça...
Da minha alma pequena!
Morri pra o mundo de fora,
Morreu o mundo em mim...
Aos sonhos já dei um fim...
Pra solidão fazer morada,
Diante à vidraça, embaçada...
Há um par de olhos que chora,
E até a morte se foi embora...
Deixando um eu e mais nada!
A volta de um desgarrado!
Debruça um sol de agosto sangrando nuvens cardadas,
E num poente de céu azul, um bando de garças brancas,
cortam campos alheios acomodando-se pelos galhos.
O tempo que andou judiando pelas garoas franzinas...
Firmou-se por dois dias e o pasto seco das geadas,
Ponteia um verde claro rebrotando várzeas e canhadas!
Um touro berra ao longe chamando a tropa em reponte,
Costeando um capão de mato, onde tarumãs desfolhados,
revivem, à busca das sombras, que foram casa e morada,
de algum tropeiro andarilho...
No beiral das sangas compridas, a passarada se aninha,
E no contracanto das pedras bocejam versos antigos...
Num tempo tão distante entre lembranças adormecidas.
Num zaino negro tapado, o cantarolar da “coscoja’,
Retrucando versos ao vento, num convite debochado,
Provocando a barbela que se acomoda no freio...
Enquanto dois olhos ariscos se perdem no horizonte...
Com orelhas de tesouras campeando o rumo das “casa”.
Sob a copa de um aba quinze, beijando a gola de um pala,
Um bigodão de dois palmos, escora a tora de um baio,
Judiando o canto da boca, ressecada a golpes do minuano,
que se adonou deste inverno.
O chão batido de um corredor, aponta o rumo do rancho
...que um dia lhe fez morada;
Depois da curva do mato, de capão fechado de angico,
O rancho avistado ao longe, ressona a luz da tapera,
na sombra de uma figueira desfolhada pelo tempo...
Que o próprio tempo esqueceu!
O rancho que já foi vida, que foi paz e aconchego,
Adormece ao relento querendo ter vida, outra vez!
E é para lá que ruma, ao tranco, após anos,
trancado nas grades da tirania, que a pena injusta lhe concedeu.
(Rebelde como os ventos, como tropa que desgarra)
Como água de enchente que não se prende as amarras...
Assim era Maneco Rosa, antes, do que sentença lhe deu.
As esporas de papagaio grande e rosetas maiores ainda...
floreiam versos campeiros, arrancando leivas de grama;
Bombacha larga de riscado, já puídas pelo tempo...
Bailam ao solfejar do vento, como bandeira em mastro firme.
E num poente de céu azul, um bando de garças brancas,
cortam campos alheios acomodando-se pelos galhos.
O tempo que andou judiando pelas garoas franzinas...
Firmou-se por dois dias e o pasto seco das geadas,
Ponteia um verde claro rebrotando várzeas e canhadas!
Um touro berra ao longe chamando a tropa em reponte,
Costeando um capão de mato, onde tarumãs desfolhados,
revivem, à busca das sombras, que foram casa e morada,
de algum tropeiro andarilho...
No beiral das sangas compridas, a passarada se aninha,
E no contracanto das pedras bocejam versos antigos...
Num tempo tão distante entre lembranças adormecidas.
Num zaino negro tapado, o cantarolar da “coscoja’,
Retrucando versos ao vento, num convite debochado,
Provocando a barbela que se acomoda no freio...
Enquanto dois olhos ariscos se perdem no horizonte...
Com orelhas de tesouras campeando o rumo das “casa”.
Sob a copa de um aba quinze, beijando a gola de um pala,
Um bigodão de dois palmos, escora a tora de um baio,
Judiando o canto da boca, ressecada a golpes do minuano,
que se adonou deste inverno.
O chão batido de um corredor, aponta o rumo do rancho
...que um dia lhe fez morada;
Depois da curva do mato, de capão fechado de angico,
O rancho avistado ao longe, ressona a luz da tapera,
na sombra de uma figueira desfolhada pelo tempo...
Que o próprio tempo esqueceu!
O rancho que já foi vida, que foi paz e aconchego,
Adormece ao relento querendo ter vida, outra vez!
E é para lá que ruma, ao tranco, após anos,
trancado nas grades da tirania, que a pena injusta lhe concedeu.
(Rebelde como os ventos, como tropa que desgarra)
Como água de enchente que não se prende as amarras...
Assim era Maneco Rosa, antes, do que sentença lhe deu.
As esporas de papagaio grande e rosetas maiores ainda...
floreiam versos campeiros, arrancando leivas de grama;
Bombacha larga de riscado, já puídas pelo tempo...
Bailam ao solfejar do vento, como bandeira em mastro firme.
E um paiñuelo maragato ruflando as pontas de galho,
Sarandeando por entre a gola e o barbicacho...
Guardam borras de um baio largado ao canto do beiço.
Voltou, como saiu...solito a repontar saudades!
Como tronqueira que segurou o tempo...
E sustentou a fio o “retrechar” dos anos,
Numa vida maula, sem paz e nem ilusão!
Maneco Rosa foi mais que isso: foi tronqueira e foi moirão!
Sustentou a Pátria nos tentos peleando contra os tiranos,
Repontou tropas, solito, para encher os bolsos alheios,
Vergou um cabo de arado para o sustento dos ranchos.
Mas um dia o destino... cruel, “bruxo” e traiçoeiro...
Fez-lhe cruzar de bolcada, depois de uns goles de canha...
com os fantasmas da morte, que teimam em rondar mentes insanas,
...e o olhar de uma china, não poderia ter outro final.
Pois quem nasceu taura e se garante na força do braço,
Tira a vida de um homem, embora não lhe queira mal,
Mas quando o sangue ferve e a carranca da morte na lâmina afiada,
Traz revolta para os olhos, se torna fácil decretar o final.
Bandido! pra muita gente... valente para outros tantos...
Mas não pode se acovardar, quem peleou tanto pela vida,
A sorte, às vezes, socorre e um dia mata ou morre...
O nunca é tão distante para quem vive de despedidas.
Maneco Rosa está de volta!
Meus Senhores...
Calam-se as bocas...
espantam-se os olhares...
O Negro Velho voltou...
ao mundo que é seu!
Sarandeando por entre a gola e o barbicacho...
Guardam borras de um baio largado ao canto do beiço.
Voltou, como saiu...solito a repontar saudades!
Como tronqueira que segurou o tempo...
E sustentou a fio o “retrechar” dos anos,
Numa vida maula, sem paz e nem ilusão!
Maneco Rosa foi mais que isso: foi tronqueira e foi moirão!
Sustentou a Pátria nos tentos peleando contra os tiranos,
Repontou tropas, solito, para encher os bolsos alheios,
Vergou um cabo de arado para o sustento dos ranchos.
Mas um dia o destino... cruel, “bruxo” e traiçoeiro...
Fez-lhe cruzar de bolcada, depois de uns goles de canha...
com os fantasmas da morte, que teimam em rondar mentes insanas,
...e o olhar de uma china, não poderia ter outro final.
Pois quem nasceu taura e se garante na força do braço,
Tira a vida de um homem, embora não lhe queira mal,
Mas quando o sangue ferve e a carranca da morte na lâmina afiada,
Traz revolta para os olhos, se torna fácil decretar o final.
Bandido! pra muita gente... valente para outros tantos...
Mas não pode se acovardar, quem peleou tanto pela vida,
A sorte, às vezes, socorre e um dia mata ou morre...
O nunca é tão distante para quem vive de despedidas.
Maneco Rosa está de volta!
Meus Senhores...
Calam-se as bocas...
espantam-se os olhares...
O Negro Velho voltou...
ao mundo que é seu!
Um Pé de Cedro, tombado!
Tombou-se o pé de cedro
Com a força do temporal,
E o que parecia imortal,
Diante de tantos ventos,
Findou-se pelos lamentos,
De tantos olhos tristes...
Sem saber que ainda existe,
Razões para os sentimentos.
O que parecia estar morto,
Tombado ao luto da praça,
Um tronco caído, sem graça,
Raízes expostas aos ciscos...
Já não havia mais o risco...
Diante aos olhos de tantos,
Que pediam luzes aos Santos,
Ou algum outro Francisco.
Pois, e foi ele, o Francisco,
Vendo aquele tronco tombado,
Diante de olhares espantados,
E de uma certeza incerta...
Quem sabe uma descoberta,
De alguma capa de revista,
Para quem tem mão de artista,
Um tronco é arte, na certa!
As mãos, quando para o bem,
Trazem as marcas nos dedos,
Esculpindo a vida em segredo,
Talhando na forma do aço...
O que seria apenas um pedaço,
Um tronco de cerno, caído...
Por duas mãos é esculpido...
Tendo outra forma, no braço.
Pra quem só enxerga madeira,
Pra arte é uma outra forma...
Talvez sem conceitos ou normas,
Talvez são sonhos e incertezas,
E a madeira estampa a beleza...
Pelos veios simples da arte...
O cedro ganha vida e faz parte,
Num outro formato de mesa!
Talvez fosse outro Francisco,
Aquele que cuida da natureza,
Que na luz de sua grandeza...
Pedisse à Deus, o Criador,
Que num momento de dor,
Diante de tantas arvores caídas,
Tivesse um Francisco, na vida...
Com sua forma de escultor.
O que era apenas Pé de Cedro,
Hoje faz parte da Igreja...
Para que todo mundo veja,
O que as mãos e arte fazem,
Na fé em que todos trazem...
Aos pés do Cristo Crucificado,
Um velho Cedro, tombado.
Enfeita outra paisagem.
O que poderia ser desgraça,
Na noite de um temporal...
Hoje tem a forma ideal...
Para os Santos na Sacristia...
Não quero a lembrança do dia,
Das dores e gritos guardados,
Mas a vida do cedro tombado,
Hoje é palco para eucaristia!
Com a força do temporal,
E o que parecia imortal,
Diante de tantos ventos,
Findou-se pelos lamentos,
De tantos olhos tristes...
Sem saber que ainda existe,
Razões para os sentimentos.
O que parecia estar morto,
Tombado ao luto da praça,
Um tronco caído, sem graça,
Raízes expostas aos ciscos...
Já não havia mais o risco...
Diante aos olhos de tantos,
Que pediam luzes aos Santos,
Ou algum outro Francisco.
Pois, e foi ele, o Francisco,
Vendo aquele tronco tombado,
Diante de olhares espantados,
E de uma certeza incerta...
Quem sabe uma descoberta,
De alguma capa de revista,
Para quem tem mão de artista,
Um tronco é arte, na certa!
As mãos, quando para o bem,
Trazem as marcas nos dedos,
Esculpindo a vida em segredo,
Talhando na forma do aço...
O que seria apenas um pedaço,
Um tronco de cerno, caído...
Por duas mãos é esculpido...
Tendo outra forma, no braço.
Pra quem só enxerga madeira,
Pra arte é uma outra forma...
Talvez sem conceitos ou normas,
Talvez são sonhos e incertezas,
E a madeira estampa a beleza...
Pelos veios simples da arte...
O cedro ganha vida e faz parte,
Num outro formato de mesa!
Talvez fosse outro Francisco,
Aquele que cuida da natureza,
Que na luz de sua grandeza...
Pedisse à Deus, o Criador,
Que num momento de dor,
Diante de tantas arvores caídas,
Tivesse um Francisco, na vida...
Com sua forma de escultor.
O que era apenas Pé de Cedro,
Hoje faz parte da Igreja...
Para que todo mundo veja,
O que as mãos e arte fazem,
Na fé em que todos trazem...
Aos pés do Cristo Crucificado,
Um velho Cedro, tombado.
Enfeita outra paisagem.
O que poderia ser desgraça,
Na noite de um temporal...
Hoje tem a forma ideal...
Para os Santos na Sacristia...
Não quero a lembrança do dia,
Das dores e gritos guardados,
Mas a vida do cedro tombado,
Hoje é palco para eucaristia!
Quando acabam os sonhos!
Não sei se os sonhos acabaram,
Ou se a razão de viver, terminou...
Foram as lembranças que hibernaram,
No único sentimento que ficou.
Mas vejo o meu tempo passando,
Sem ao mesmo poder segurá-lo,
E um coração segue corcoveando,
Qual um potro sem deixar domá-lo.
Olhando por um espelho quebrado,
Vendo minha imagem destorcida...
Pouco vejo do que fiz no passado,
Pouco vejo o que faço nesta vida.
Mas sinto na frieza do pensamento,
Embriagado à minha própria saudade,
O mundo que se perdeu no tempo...
Não dá tempo para eu ser verdade.
Escondido na poeira das cortinas,
Na vidraça duma lembrança antiga,
As gotas que me nublaram retinas,
Trazem a dor que em mim se abriga...
E forma um rio de água transparente,
Gosto de sal que vem pingar na boca,
É uma saudade se fazendo presente...
Fica gritando como uma Diva, louca.
Então me fecho, por sentir assim,
Órfão dolente a buscar espaço...
Preso ao tempo que cravou em mim,
A lâmina afiada de um punhal de aço.
E um peito sangrando de dor e de dó...
Retalhas ao breu da noite sem luz,
E a carne franzida à forma do pó...
Adorme inerte com o peso da cruz.
Olhos abertos na busca do nada,
Sem sonhos nem estrela para contemplá-las,
As palavras escorrem pela boca gelada,
Buscando a fé pelo sonido da fala.
Quebra-se o silêncio de um quarto frio,
Na mesma loucura do mundo, sozinho,
Fecharam-se as portas e tudo é vazio,
Restando-me apenas um gole de vinho.
Me adoça a boca, sedenta de amor,
Na ânsia de vida do que ainda ficou,
Só vivo esquecido ou perdi o valor...
Ou apenas o sonho em mim acabou?
Respostas difíceis que a vida acena...
Quando a idade chega com seu ritual,
Deixaram uma folha, um bico de pena,
Me liberto num verso, sem ponto final!
Não posso viver preso no tua injustiça,
Esquecido do mundo que eu mesmo fiz,
A bondade é a luz e dever ser a premissa,
E vivemos neste mundo para ser feliz.
Amanhã será outro dia e sol brilhará...
Depois da vidraça deste quarto vazio,
Os versos são flores que alguém colherá,
Mesmo sabendo que o sonho partiu.
Então adormeço naquilo que quero...
Embriagado de vinho, de amor e de pena,
Ébrio confesso, vou te ser sincero...
Ninguém vive preso quando faz poema.
Por tanto me liberto no céu da escrita,
Eterno amante em seu sonho viajor...
Se os sonhos acabam para quem facilita,
A poesia ressuscita, na sua forma de amor.
Ou se a razão de viver, terminou...
Foram as lembranças que hibernaram,
No único sentimento que ficou.
Mas vejo o meu tempo passando,
Sem ao mesmo poder segurá-lo,
E um coração segue corcoveando,
Qual um potro sem deixar domá-lo.
Olhando por um espelho quebrado,
Vendo minha imagem destorcida...
Pouco vejo do que fiz no passado,
Pouco vejo o que faço nesta vida.
Mas sinto na frieza do pensamento,
Embriagado à minha própria saudade,
O mundo que se perdeu no tempo...
Não dá tempo para eu ser verdade.
Escondido na poeira das cortinas,
Na vidraça duma lembrança antiga,
As gotas que me nublaram retinas,
Trazem a dor que em mim se abriga...
E forma um rio de água transparente,
Gosto de sal que vem pingar na boca,
É uma saudade se fazendo presente...
Fica gritando como uma Diva, louca.
Então me fecho, por sentir assim,
Órfão dolente a buscar espaço...
Preso ao tempo que cravou em mim,
A lâmina afiada de um punhal de aço.
E um peito sangrando de dor e de dó...
Retalhas ao breu da noite sem luz,
E a carne franzida à forma do pó...
Adorme inerte com o peso da cruz.
Olhos abertos na busca do nada,
Sem sonhos nem estrela para contemplá-las,
As palavras escorrem pela boca gelada,
Buscando a fé pelo sonido da fala.
Quebra-se o silêncio de um quarto frio,
Na mesma loucura do mundo, sozinho,
Fecharam-se as portas e tudo é vazio,
Restando-me apenas um gole de vinho.
Me adoça a boca, sedenta de amor,
Na ânsia de vida do que ainda ficou,
Só vivo esquecido ou perdi o valor...
Ou apenas o sonho em mim acabou?
Respostas difíceis que a vida acena...
Quando a idade chega com seu ritual,
Deixaram uma folha, um bico de pena,
Me liberto num verso, sem ponto final!
Não posso viver preso no tua injustiça,
Esquecido do mundo que eu mesmo fiz,
A bondade é a luz e dever ser a premissa,
E vivemos neste mundo para ser feliz.
Amanhã será outro dia e sol brilhará...
Depois da vidraça deste quarto vazio,
Os versos são flores que alguém colherá,
Mesmo sabendo que o sonho partiu.
Então adormeço naquilo que quero...
Embriagado de vinho, de amor e de pena,
Ébrio confesso, vou te ser sincero...
Ninguém vive preso quando faz poema.
Por tanto me liberto no céu da escrita,
Eterno amante em seu sonho viajor...
Se os sonhos acabam para quem facilita,
A poesia ressuscita, na sua forma de amor.
Um outro eu, no espelho!
Não... não me olhas com esse teu olhar de pena,Por que a noite fria, por si só, já me condena......e a insônia, há muito, tem me condenado,
Quando vago, pela solidão, da minh'alma vazia...
Buscando temas para serem vidas, na poesia,
Andando solitário como um louco, alucinado.
E venho a aqui, para buscar algum conselho...
e me deparo com outra imagem no espelho,
...de um eu, quase sem graça, quase sem vida,
Que se alimenta da dor que em mim existe,
Para querer só me trazer os versos tristes...
Como se a vida não tivesse outra saída.
Não foste tu, que vagastes por tantas noites,
Sentindo na alma as chicoteadas dos açoites,
Tendo o peito rasgado com um punhal de aço...
Por que eu sim, sei bem o que é essa dor...
Dor dolorida de um coração rasgado de amor...
E a gente aos poucos tem que juntar os pedaços.
Então não me olhas com esse teu olhar tão vago...
Por que tu não sabes das dores que eu trago...
E tão pouco sabes que a poesia me moldou assim...
Pois quando a noite vem estender seu manto...
As estrelas, em silêncio, vêm me trazer seu canto...
E até os ventos chegam pra cantar pra mim.
Quando a chuva vem tamborilar no telhado...
Sussurrando com os seus versos inacabados...
Me levando em algum sonho viageiro...
Eu alço voo nas asas de algum condor...
Busco o silêncio das montanhas, onde o amor,
Vive no canto e na paz de algum mosteiro.
Talvez tu, que me olhas, ai desse outro lado...
...e desconhece essa grandeza de ser amado...
De ter o amor, só pelos encantos da poesia.
Talvez tu, com esse sorriso irônico, que tudo sabe,
...quem sabe, solito, nesta vida, um dia acabe...
Pois nunca saberás como é viver como eu vivia.
O frio lá de fora vem gemer na minha janela...
E eu já sinto os últimos suspiros das velas...
bocejando na boca aberta dos castiçais,
Estão, não me olhas com esse teu olhar de pena,
Por que a insônia, por si só, já me condena...
...apaga-se a luz, por que não quero te ver mais.
Quando vago, pela solidão, da minh'alma vazia...
Buscando temas para serem vidas, na poesia,
Andando solitário como um louco, alucinado.
E venho a aqui, para buscar algum conselho...
e me deparo com outra imagem no espelho,
...de um eu, quase sem graça, quase sem vida,
Que se alimenta da dor que em mim existe,
Para querer só me trazer os versos tristes...
Como se a vida não tivesse outra saída.
Não foste tu, que vagastes por tantas noites,
Sentindo na alma as chicoteadas dos açoites,
Tendo o peito rasgado com um punhal de aço...
Por que eu sim, sei bem o que é essa dor...
Dor dolorida de um coração rasgado de amor...
E a gente aos poucos tem que juntar os pedaços.
Então não me olhas com esse teu olhar tão vago...
Por que tu não sabes das dores que eu trago...
E tão pouco sabes que a poesia me moldou assim...
Pois quando a noite vem estender seu manto...
As estrelas, em silêncio, vêm me trazer seu canto...
E até os ventos chegam pra cantar pra mim.
Quando a chuva vem tamborilar no telhado...
Sussurrando com os seus versos inacabados...
Me levando em algum sonho viageiro...
Eu alço voo nas asas de algum condor...
Busco o silêncio das montanhas, onde o amor,
Vive no canto e na paz de algum mosteiro.
Talvez tu, que me olhas, ai desse outro lado...
...e desconhece essa grandeza de ser amado...
De ter o amor, só pelos encantos da poesia.
Talvez tu, com esse sorriso irônico, que tudo sabe,
...quem sabe, solito, nesta vida, um dia acabe...
Pois nunca saberás como é viver como eu vivia.
O frio lá de fora vem gemer na minha janela...
E eu já sinto os últimos suspiros das velas...
bocejando na boca aberta dos castiçais,
Estão, não me olhas com esse teu olhar de pena,
Por que a insônia, por si só, já me condena...
...apaga-se a luz, por que não quero te ver mais.
Nos olhos dos iguais!
Não...não entendo num tempo novo,
No meio de tanto progresso...
Alguns ainda vivam o retrocesso,
Banalizando a dor das feridas...
De um Povo que perdeu a vida,
Que morreu para tantos viver...
Massacrados nas injurias do poder,
De ser uma raça menosprezada...
Morrendo pelos fios das calçadas,
Diante dos olhos que não querem ver.
Povo humilde... Povo pobre...
Que ergueu essa pátria nas guerras,
Que fez e se refez sobre esta terra...
Que nem era sua e, ainda não é...
Mas sem nunca perder a fé...
Crentes de Oxós e dos Orixás...
Só querem seu tempo de paz,
Paz de um tempo sem dor...
Onde olhos enxerguem uma só cor,
A cor do mundo dos iguais.
Talvez tu nunca entendas...
Por nunca ter sentido essa dor,
Por nunca ter sentido o calor...
... das chibatas e das correntes,
A dor que sangrava na gente,
A dor que sufocavam as falas...
Cortados pelo aço das balas...
Dor de ser escravo, de ser negro,
Dor que se consumia, nos medos,
Da morte que rondava a senzala.
O que tu entendes de escravidão...
...se tu nunca sentiu essas dores?
...se teu mundo é de luzes e cores...
Enquanto ao meu é negro de escuridão,
Mundo de dor e de resignação...
Ter que vencer nesta vida, sozinho,
Sem paz, sem sonhos, sem carinho,
Vivendo ali, à beira da fome...
Comendo os restos que outros comem,
Na injuria brutal das correntes...
Como tantos infelizes, da minha gente,
Escravos sem vidas e sem nomes!
Fui aprisionado a um triste destino,
Só por ter a minha cor diferente,
Como se negro, não fosse gente,
Como se a pele não tivesse valor,
Só por não sermos da mesma cor,
Carrego as chagas de brutas maneias,
Mas tenho um sangue a pulsar nas veias,
Que é tão vermelho quanto o ao teu, senhor!
Não...não queiram sentir a dor...
...dor do preconceito e da ingratidão,
De um negro que ergueu essa nação,
Pegou em armas e defendeu esta terra,
Só querendo a liberdade do pós guerra,
Promessa quem nunca foi cumprida...
Pelos matos foram perdendo a vida,
Pelas cidade foram subindo morros,
Sem ouvirem seus gritos de socorro,
Pelos guetos ou favelas escondidas!
Hoje é fácil bradar contra um povo...
Quem a vida toda viveu na exclusão,
Sem direitos a um pedaço de chão...
Enquanto tantos ganharam de graça,
Com seus bustos expostos nas praças,
Como heróis de um povo sem memória,
Que só dá, aos comandantes, a gloria...
Que só ergue bandeira aos fortes...
Esquecendo que nas fileiras da morte,
Foram os negros que fizeram essa história!
Um dia talvez, tudo acabe...
Um dia talvez tudo termine,
E quem sabe ao filho tu ensine,
Que somos filhos do mesmo Deus,
E que eu possa olhar para o meus...
Na liberdade que tanto buscamos,
Nas pessoas que tanto amamos...
Que se perderam ao mundo sem sorte,
Ou que chorando buscaram a morte...
Pedindo à vida, um rito final...
Se livrando de todo o mal...
Da injuria triste dos preconceitos,
Que tiraram dos negros o direito,
De apenas querer, ser igual!
No meio de tanto progresso...
Alguns ainda vivam o retrocesso,
Banalizando a dor das feridas...
De um Povo que perdeu a vida,
Que morreu para tantos viver...
Massacrados nas injurias do poder,
De ser uma raça menosprezada...
Morrendo pelos fios das calçadas,
Diante dos olhos que não querem ver.
Povo humilde... Povo pobre...
Que ergueu essa pátria nas guerras,
Que fez e se refez sobre esta terra...
Que nem era sua e, ainda não é...
Mas sem nunca perder a fé...
Crentes de Oxós e dos Orixás...
Só querem seu tempo de paz,
Paz de um tempo sem dor...
Onde olhos enxerguem uma só cor,
A cor do mundo dos iguais.
Talvez tu nunca entendas...
Por nunca ter sentido essa dor,
Por nunca ter sentido o calor...
... das chibatas e das correntes,
A dor que sangrava na gente,
A dor que sufocavam as falas...
Cortados pelo aço das balas...
Dor de ser escravo, de ser negro,
Dor que se consumia, nos medos,
Da morte que rondava a senzala.
O que tu entendes de escravidão...
...se tu nunca sentiu essas dores?
...se teu mundo é de luzes e cores...
Enquanto ao meu é negro de escuridão,
Mundo de dor e de resignação...
Ter que vencer nesta vida, sozinho,
Sem paz, sem sonhos, sem carinho,
Vivendo ali, à beira da fome...
Comendo os restos que outros comem,
Na injuria brutal das correntes...
Como tantos infelizes, da minha gente,
Escravos sem vidas e sem nomes!
Fui aprisionado a um triste destino,
Só por ter a minha cor diferente,
Como se negro, não fosse gente,
Como se a pele não tivesse valor,
Só por não sermos da mesma cor,
Carrego as chagas de brutas maneias,
Mas tenho um sangue a pulsar nas veias,
Que é tão vermelho quanto o ao teu, senhor!
Não...não queiram sentir a dor...
...dor do preconceito e da ingratidão,
De um negro que ergueu essa nação,
Pegou em armas e defendeu esta terra,
Só querendo a liberdade do pós guerra,
Promessa quem nunca foi cumprida...
Pelos matos foram perdendo a vida,
Pelas cidade foram subindo morros,
Sem ouvirem seus gritos de socorro,
Pelos guetos ou favelas escondidas!
Hoje é fácil bradar contra um povo...
Quem a vida toda viveu na exclusão,
Sem direitos a um pedaço de chão...
Enquanto tantos ganharam de graça,
Com seus bustos expostos nas praças,
Como heróis de um povo sem memória,
Que só dá, aos comandantes, a gloria...
Que só ergue bandeira aos fortes...
Esquecendo que nas fileiras da morte,
Foram os negros que fizeram essa história!
Um dia talvez, tudo acabe...
Um dia talvez tudo termine,
E quem sabe ao filho tu ensine,
Que somos filhos do mesmo Deus,
E que eu possa olhar para o meus...
Na liberdade que tanto buscamos,
Nas pessoas que tanto amamos...
Que se perderam ao mundo sem sorte,
Ou que chorando buscaram a morte...
Pedindo à vida, um rito final...
Se livrando de todo o mal...
Da injuria triste dos preconceitos,
Que tiraram dos negros o direito,
De apenas querer, ser igual!
De que valeram as guerras?
Caiu a noite de novembro,
Com choros do vento norte,
Trazendo um cheiro de morte,
E um céu, negro, sem lua...
Com almas vagando nuas,
No acinzentado das cores,
E olhares carregando dores,
Pelo silêncio das ruas.
Nas casas, choros e rezas...
Alumiados a tocos de velas,
Portas com trancas, tramelas,
Lágrimas de dor e de medo,
Num Rosário entre os dedos;
Resta a fé das orações...
Quando excluso das razões,
Guarda o tempo em segredos.
E a noite foi indo, ao silêncio...
Alheia ao tempo que passa,
Cochicham vozes na praça,
Entre trincheiras e valos...
Ao longe, cantam os galos,
Chamando pela madrugada,
E fuzil vem fazer clarinada,
Pelo espantar de um cavalo.
Pouco adiantou as trincheiras,
Tão pouco a força de uma raça,
E o sangue banhando a praça,
De uma centena de heróis...
Talvez incrédulos, ou algoz,
De um tempo de tirania...
Em que a razão e a rebeldia,
Não tinham olhos e nem voz.
Morreram como tantos outros,
Que a guerra podre condena,
Onde a força de uma pena,
Quando rasteja no papel...
Faz de um barbarismo cruel,
Onde a vida pouco importa,
Escrevendo por linhas tortas
Os estrelatos de um coronel.
Quais os motivos da guerra?
A quem importam os ideais?
Se, todos nascemos iguais...
Pelo menos na minha crença,
Porque essa dura sentença...
Para quem pensa diferente?
Se a guerra mata inocentes
Sem mesmo saber o que pensa?
E as mães que choram os filhos?
E os filhos que choram os Pais?
De que adiantam tanto ideias,
Se a morte marca um final?...
E a estupidez continua igual,
Excluindo gente com fome...
E dando honra a tanto nome,
Como se fosse, imortal!
A guerra é para ser lembrada?
A guerra é para se esquecida?
Porque não, comemorar a vida,
Enquanto exaltam as mortes?
Se muitos não tiveram a sorte,
E sobreviveram da desgraça...
De um filho morto na praça,
Calado, na dor do mais forte.
O que mudou com a matança?
O que melhorou pra essa gente?
Se a história ainda nos mente,
Clamando a fé dos caudilhos...
Senhores de muito brilho...
Que ao tempo são exaltados,
Enquanto Pais são condenados,
Chorando a perda dos filhos.
Me, perdoem meus Patrícios,
Se o meu pensar é diferente,
Mas não me orgulho dessa gente,
Com busto exposto, nas praças,
Que a história pinta de graça,
Para mim, são bandidos iguais...
Com estrelatos de generais,
Aproveitadores da desgraça.
Com choros do vento norte,
Trazendo um cheiro de morte,
E um céu, negro, sem lua...
Com almas vagando nuas,
No acinzentado das cores,
E olhares carregando dores,
Pelo silêncio das ruas.
Nas casas, choros e rezas...
Alumiados a tocos de velas,
Portas com trancas, tramelas,
Lágrimas de dor e de medo,
Num Rosário entre os dedos;
Resta a fé das orações...
Quando excluso das razões,
Guarda o tempo em segredos.
E a noite foi indo, ao silêncio...
Alheia ao tempo que passa,
Cochicham vozes na praça,
Entre trincheiras e valos...
Ao longe, cantam os galos,
Chamando pela madrugada,
E fuzil vem fazer clarinada,
Pelo espantar de um cavalo.
Pouco adiantou as trincheiras,
Tão pouco a força de uma raça,
E o sangue banhando a praça,
De uma centena de heróis...
Talvez incrédulos, ou algoz,
De um tempo de tirania...
Em que a razão e a rebeldia,
Não tinham olhos e nem voz.
Morreram como tantos outros,
Que a guerra podre condena,
Onde a força de uma pena,
Quando rasteja no papel...
Faz de um barbarismo cruel,
Onde a vida pouco importa,
Escrevendo por linhas tortas
Os estrelatos de um coronel.
Quais os motivos da guerra?
A quem importam os ideais?
Se, todos nascemos iguais...
Pelo menos na minha crença,
Porque essa dura sentença...
Para quem pensa diferente?
Se a guerra mata inocentes
Sem mesmo saber o que pensa?
E as mães que choram os filhos?
E os filhos que choram os Pais?
De que adiantam tanto ideias,
Se a morte marca um final?...
E a estupidez continua igual,
Excluindo gente com fome...
E dando honra a tanto nome,
Como se fosse, imortal!
A guerra é para ser lembrada?
A guerra é para se esquecida?
Porque não, comemorar a vida,
Enquanto exaltam as mortes?
Se muitos não tiveram a sorte,
E sobreviveram da desgraça...
De um filho morto na praça,
Calado, na dor do mais forte.
O que mudou com a matança?
O que melhorou pra essa gente?
Se a história ainda nos mente,
Clamando a fé dos caudilhos...
Senhores de muito brilho...
Que ao tempo são exaltados,
Enquanto Pais são condenados,
Chorando a perda dos filhos.
Me, perdoem meus Patrícios,
Se o meu pensar é diferente,
Mas não me orgulho dessa gente,
Com busto exposto, nas praças,
Que a história pinta de graça,
Para mim, são bandidos iguais...
Com estrelatos de generais,
Aproveitadores da desgraça.
Das Dores, do Coração!
Em nome do Pai, do Filho,
o Espírito Santo, amém...
Em nome dos olhos do bem,
Em nome de olhares que choram,
de tantas bocas que imploram,
da ausência de cada filho...
De cada olhar sem brilho,
que vaga por essas ruas,
por cada noite sem lua,
por cada sonho andarilho.
Abençoa-nos Maria Santa,
(com a fé de Nossa Senhora),
Por cada Mãe que chora...
Por cada lágrima caída...
...esvaíram-se tantas vidas,
perdidas pelas distâncias,
mas rebrotaram esperanças:
- Em cada abraço fraterno,
- Em cada colo materno...
- Em cada noite que avança.
Partiu-se um coração...
(de Joãos, de Marias, de Josés),
que se uniram em nome da fé,
...e, veem remando a saudade,
quando as ruas da cidade,
calada ao tempo que escuto,
brotou-se do próprio luto,
(como uma fênix, uma diva),
mostrando que continua viva,
qual seiva doce de um fruto.
Ninguém esquece o passado,
mas a vida, ao tempo renasce;
É como se, o amor abraçasse,
(qual Mãe, cuidando, zelosa)...
com a sua mão carinhosa,
na proteção do dia a dia...
...e vai renascendo a alegria,
de quem traz olhos chorados,
mas pelo amor, abençoados,
- com a fé na Santa Maria.
Aos poucos tudo se renova...
...eo tempo é senhor da verdade,
enquanto as flores da saudade,
enfeitam as ruas e calçadas,
ficam as imagens guardadas,
como a rechear o pensamento,
no Calçadão, na Acampamento,
na Rio Branco, na Presidente...
...e pelo sorriso de nossa gente,
brota-se a vida, por momentos.
As dores, com tempo, passam,
...vão cicatrizando as feridas,
emergindo uma nova vida,
em cada olhar, cada sorriso;
Ter fé é o que mais preciso,
para levar assim os defeitos,
tenho um coração no peito,
recheado de amor e bondade,
e foi por essas ruas da cidade,
que aprendi amar-te desse jeito.
Deixa para lá esses tétricos...
que se escondem nas mazelas,
...e, vivem acendendo velas...
pra tantos Santos sem nome,
que pelo tempo consomem,
...e na sua arrogância fulgida...
pouco se importam co’a vida,
na mente insana dos ateus...
Acham-se maiores que Deus,
...e, da propria vida, duvida.
Levanta minha Santa Maria!
Levanta que o mundo te precisa,
- teu amor é como essa brisa...
(que vem em forma de oração),
- Bendito seja esse coração...
que o nosso Rio Grande tem,
precisamos de ti também...
pra ser exemplo a tantos filhos,
que buscam a luz, do teu brilho,
para a vida toda... Amém!
o Espírito Santo, amém...
Em nome dos olhos do bem,
Em nome de olhares que choram,
de tantas bocas que imploram,
da ausência de cada filho...
De cada olhar sem brilho,
que vaga por essas ruas,
por cada noite sem lua,
por cada sonho andarilho.
Abençoa-nos Maria Santa,
(com a fé de Nossa Senhora),
Por cada Mãe que chora...
Por cada lágrima caída...
...esvaíram-se tantas vidas,
perdidas pelas distâncias,
mas rebrotaram esperanças:
- Em cada abraço fraterno,
- Em cada colo materno...
- Em cada noite que avança.
Partiu-se um coração...
(de Joãos, de Marias, de Josés),
que se uniram em nome da fé,
...e, veem remando a saudade,
quando as ruas da cidade,
calada ao tempo que escuto,
brotou-se do próprio luto,
(como uma fênix, uma diva),
mostrando que continua viva,
qual seiva doce de um fruto.
Ninguém esquece o passado,
mas a vida, ao tempo renasce;
É como se, o amor abraçasse,
(qual Mãe, cuidando, zelosa)...
com a sua mão carinhosa,
na proteção do dia a dia...
...e vai renascendo a alegria,
de quem traz olhos chorados,
mas pelo amor, abençoados,
- com a fé na Santa Maria.
Aos poucos tudo se renova...
...eo tempo é senhor da verdade,
enquanto as flores da saudade,
enfeitam as ruas e calçadas,
ficam as imagens guardadas,
como a rechear o pensamento,
no Calçadão, na Acampamento,
na Rio Branco, na Presidente...
...e pelo sorriso de nossa gente,
brota-se a vida, por momentos.
As dores, com tempo, passam,
...vão cicatrizando as feridas,
emergindo uma nova vida,
em cada olhar, cada sorriso;
Ter fé é o que mais preciso,
para levar assim os defeitos,
tenho um coração no peito,
recheado de amor e bondade,
e foi por essas ruas da cidade,
que aprendi amar-te desse jeito.
Deixa para lá esses tétricos...
que se escondem nas mazelas,
...e, vivem acendendo velas...
pra tantos Santos sem nome,
que pelo tempo consomem,
...e na sua arrogância fulgida...
pouco se importam co’a vida,
na mente insana dos ateus...
Acham-se maiores que Deus,
...e, da propria vida, duvida.
Levanta minha Santa Maria!
Levanta que o mundo te precisa,
- teu amor é como essa brisa...
(que vem em forma de oração),
- Bendito seja esse coração...
que o nosso Rio Grande tem,
precisamos de ti também...
pra ser exemplo a tantos filhos,
que buscam a luz, do teu brilho,
para a vida toda... Amém!
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