Hoje, me chamaram de velho...
E riram do meu cabelo branco!
Olharam-me como se fosse um estranho,
Como, se as rugas no meu rosto...
Fossem sequelas de um tempo amargo.
Hoje, me olharam com desprezo!
Porque a idade me encurtou o passo,
Me vergou o lombo, me enrugou a fronte!
Porque a força já não é mais a mesma,
As palavras custam a vir na ideia...
E os olhos turvam pra bombear distâncias.
A vida de meu tempo moço, era outra;
Mais amarga, talvez!
Mais crua, quem sabe!
Mais rude, certamente!
Mas os homens não morrem no tempo,
Apenas deixam o tempo passar,
E guardam a parte boa, de lembrança.
O meu jeito de ver o mundo, a passos lentos,
Não me fez diferente, tão pouco estranho,
Não me fez melhor... e nem pior!
Do que eu era, do que eu fui, do que eu sou.
Se o tempo corre e eu não, pouco importa!
Pois não estou competindo com o tempo,
Nem com as horas, nem com o mundo...
Minha vitória, são meus dias...
Meu prêmio, são minhas rugas...
Meu troféu, são meus cabelos brancos;
Então eu venci!
Não me olhes como um perdedor...
Não me olhes com pena...
Que não sou estranho...
Não sou diferente!
Meu tempo, era outro, eu sei bem!
E vive comigo na forma mais terna...
de um amor profundo, sem tempo,
nas lembranças boas que os olhos guardam.
Sou de um tempo que tu não vistes,
Não conhecestes... e perdeste muito! Sabia?
Porque o tempo é água de sanga...
Onde se lava a alma, refresca os sentimentos,
Enxovalha as lembranças...
E mergulha nos sonhos que vivem na gente,
Largando na correnteza o que não serve,
O que atrapalha e o que nos faz sofrer!
Não me importo, ter-me chamado de velho!
Só fico triste em saber que, tu também,
poderá chegar lá um dia, quem sabe...
e dar-te-á por conta, o quanto é bom ser velho!
o quanto é lindo olhar para trás...
e ver o mundo que já passou...
e teus rastros sendo estrada para quem vem,
E riram do meu cabelo branco!
Olharam-me como se fosse um estranho,
Como, se as rugas no meu rosto...
Fossem sequelas de um tempo amargo.
Hoje, me olharam com desprezo!
Porque a idade me encurtou o passo,
Me vergou o lombo, me enrugou a fronte!
Porque a força já não é mais a mesma,
As palavras custam a vir na ideia...
E os olhos turvam pra bombear distâncias.
A vida de meu tempo moço, era outra;
Mais amarga, talvez!
Mais crua, quem sabe!
Mais rude, certamente!
Mas os homens não morrem no tempo,
Apenas deixam o tempo passar,
E guardam a parte boa, de lembrança.
O meu jeito de ver o mundo, a passos lentos,
Não me fez diferente, tão pouco estranho,
Não me fez melhor... e nem pior!
Do que eu era, do que eu fui, do que eu sou.
Se o tempo corre e eu não, pouco importa!
Pois não estou competindo com o tempo,
Nem com as horas, nem com o mundo...
Minha vitória, são meus dias...
Meu prêmio, são minhas rugas...
Meu troféu, são meus cabelos brancos;
Então eu venci!
Não me olhes como um perdedor...
Não me olhes com pena...
Que não sou estranho...
Não sou diferente!
Meu tempo, era outro, eu sei bem!
E vive comigo na forma mais terna...
de um amor profundo, sem tempo,
nas lembranças boas que os olhos guardam.
Sou de um tempo que tu não vistes,
Não conhecestes... e perdeste muito! Sabia?
Porque o tempo é água de sanga...
Onde se lava a alma, refresca os sentimentos,
Enxovalha as lembranças...
E mergulha nos sonhos que vivem na gente,
Largando na correnteza o que não serve,
O que atrapalha e o que nos faz sofrer!
Não me importo, ter-me chamado de velho!
Só fico triste em saber que, tu também,
poderá chegar lá um dia, quem sabe...
e dar-te-á por conta, o quanto é bom ser velho!
o quanto é lindo olhar para trás...
e ver o mundo que já passou...
e teus rastros sendo estrada para quem vem,
para quem
tenta seguir teus passos!
Mas se isso não acontecer...
E tu não veres as pegadas que deixastes
Aí, lamenta-te, esbraveja-te...
- grita, sussurra, chora e clama...
Porque somente um "idiota" poderá
passar pela vida e não ser visto por ninguém!
Hoje, alguém me chamou de velho!- grita, sussurra, chora e clama...
Porque somente um "idiota" poderá
passar pela vida e não ser visto por ninguém!
E é por isso que estou feliz!
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