sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Seria o tempo chegando ao seu final?!

Quando a vida desfalece com os sonhos,
E a insensatez bate palmas pelas ruas...
Vendo os campos morrendo nas estiagens,
Negra paisagem que entristece à luz da lua.

Quando a paz já não ronda os corações...
E a ganância dita as regras em seu mandado,
Os olhos choram com lágrimas entristecidas,
Diante da vida que sucumbe ao seu reinado.

Quando o banal toma a forma duradoura...
Ganhando valores e sem conteúdo moral,
Fazendo a pressa apressar o próprio tempo,
Seria o tempo...Chegando ao seu final?

Quando a busca inconstante do momentâneo,
E o ostracismo vem pairar diante dos meus,
Vejo senhores com promessas e vaidades,
Que na verdade se acham o próprio Deus!

E pelas palavras de frases mal escritas...
Sendo ditas como regras, em pergaminhos,
Com pregadores ostentados, na multidão...
E a solidão dos que andam sem caminho!

Ouvindo mentira nessas bocas “saburrosas”...
E línguas afiadas cuspindo a gotas do mal,
Seria o tempo pedindo tempo ao tempo,
Ou seria o tempo, chegando ao seu final?

Mãos abençoadas sujas de sangue e feto,
Pó e desgraça acabando com meu irmão,
Lâminas afiadas nas palavras da maldade,
E a honestidade sendo velada num caixão!

Vejo nos olhares execrando o pressuposto,
Como se a verdade não fosse uma só...
Discursos infames e com palavras descabidas,
Como se a vida acabasse ali no pó!

São tantas cruzes e espadas ainda erguidas...
Em pitoresco e malfadado cartão-postal,
Onde escravos enterraram os sentimentos,
Mas seria o tempo, chegando ao seu final?

Se o futuro é o próprio tempo que ainda virá...
E poucos sabem da sua verdadeira razão,
Talvez encontrem pelo peso de cada cruz,
A força da luz pra quem anda na escuridão.

E nas veredas dos sonhos que não morreram,
Ergam lares e não apenas casas de abrigo,
Para que ao tempo encontrem, nalgum futuro,
Não o escuro, mas o abraço de um amigo.

E na incerteza que inunda, mentes vazias,
Encontrem cura pra sua insanidade mental,
Seria o tempo cobrando o seu momento,
Ou seria o tempo chegando ao seu final?

Talvez nunca teremos essas respostas...
Ou precisaremos renascer em outro plano,
Para descobrir o que paira diante de nós...
Somos algoz do que fizemos pelos anos...

Matamos a vida por vaidade e insensatez,
Tragamos o pó na ambição de sermos mais...
Semeamos cruzes na dor da indiferença...
E criamos crenças de sermos as maiorais.

Somos perguntas, sem respostas, já escritas,
Tendo o passado e presente em seu ritual,
Somos culpados pelos choros e lamentos,

Seria o tempo...Chegando ao seu final!

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