Quando a vida desfalece com
os sonhos,
E a insensatez bate palmas
pelas ruas...
Vendo os campos morrendo
nas estiagens,
Negra paisagem que
entristece à luz da lua.
Quando a paz já não ronda os
corações...
E a ganância dita as
regras em seu mandado,
Os olhos choram com lágrimas
entristecidas,
Diante da vida que sucumbe
ao seu reinado.
Quando o banal toma a
forma duradoura...
Ganhando valores e sem conteúdo
moral,
Fazendo a pressa apressar
o próprio tempo,
Seria o tempo...Chegando
ao seu final?
Quando a busca inconstante
do momentâneo,
E o ostracismo vem pairar
diante dos meus,
Vejo senhores com
promessas e vaidades,
Que na verdade se acham o
próprio Deus!
E pelas palavras de frases
mal escritas...
Sendo ditas como regras,
em pergaminhos,
Com pregadores ostentados,
na multidão...
E a solidão dos que andam
sem caminho!
Ouvindo mentira nessas
bocas “saburrosas”...
E línguas afiadas cuspindo
a gotas do mal,
Seria o tempo pedindo
tempo ao tempo,
Ou seria o tempo, chegando
ao seu final?
Mãos abençoadas sujas de
sangue e feto,
Pó e desgraça acabando com
meu irmão,
Lâminas afiadas nas
palavras da maldade,
E a honestidade sendo
velada num caixão!
Vejo nos olhares execrando
o pressuposto,
Como se a verdade não
fosse uma só...
Discursos infames e com
palavras descabidas,
Como se a vida acabasse
ali no pó!
São tantas cruzes e
espadas ainda erguidas...
Em pitoresco e malfadado
cartão-postal,
Onde escravos enterraram
os sentimentos,
Mas seria o tempo,
chegando ao seu final?
Se o futuro é o próprio
tempo que ainda virá...
E poucos sabem da sua
verdadeira razão,
Talvez encontrem pelo peso
de cada cruz,
A força da luz pra quem
anda na escuridão.
E nas veredas dos sonhos
que não morreram,
Ergam lares e não apenas
casas de abrigo,
Para que ao tempo
encontrem, nalgum futuro,
Não o escuro, mas o abraço
de um amigo.
E na incerteza que inunda,
mentes vazias,
Encontrem cura pra sua
insanidade mental,
Seria o tempo cobrando o
seu momento,
Ou seria o tempo chegando
ao seu final?
Talvez nunca teremos essas
respostas...
Ou precisaremos renascer
em outro plano,
Para descobrir o que paira
diante de nós...
Somos algoz do que fizemos
pelos anos...
Matamos a vida por vaidade
e insensatez,
Tragamos o pó na ambição
de sermos mais...
Semeamos cruzes na dor da
indiferença...
E criamos crenças de
sermos as maiorais.
Somos perguntas, sem
respostas, já escritas,
Tendo o passado e presente
em seu ritual,
Somos culpados pelos
choros e lamentos,
Seria o tempo...Chegando
ao seu final!
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