Não me achem sonhador
por querer um mundo que não conheço...
Por não querer vitórias
sem luta...
Por querer ter paz sem
guerra!
Por querer amar o que
vejo...
Por querer ser eu e feliz!
Aprendi, no meu mundo
imaginário, que posso sim,
apesar de olhares
estranhos e diante da minha ingenuidade,
querer ser apenas eu, sem
tarjas, sem máscaras, sem disfarces.
Quero vencer pelo que sou,
pelo que faço, pelo que semeio...
e colher os frutos doces
de um viver feliz.
Busco em cada passo que
possa me levar pelos caminhos do bem,
sonhando pela poesia...voando com as aves...viajando com o vento!
Imaginado que sempre
haverá um dia melhor, além do horizonte,
e sorvendo na seiva doce
da vida, as verdades que me alimentam.
Se afago as flores, é por
gostar do seu perfume!
Se colho frutos, é para
sentir o seu sabor!
Se a nudez da minha alma
se despe dos preconceitos,
é por entender que a vida
é feita de amores e valores...
...valores reais que não se
medem em belezas inúteis!
Se trago pés calejados, é
por gostar das estradas e
são elas que me escutam,
me entendem...
e compreendem o meu jeito de ser!
Não...não me achem
estranho por pensar diferente!
Pois a diferença que trago
é porque escolhi ser livre,
E encontro na brancura, de
céu e terra, as verdades que quero,
...que me alimentam e são
por elas que viajo...
desatando nós pelas cercas
enegrecidas de fios que não prendem,
onde imagens são apenas
ilusões que vivem em mim.
desfolhando em cada folha
morta, na lividez das minhas mãos...
os caminhos que percorro,
sem estradas, navegando mares sem água,
céus sem
nuvens...horizontes sem fim!
Se, busco um mundo sem
vencidos e nem vencedores!
Onde a mentira é lâmina
que rasga, que fere, que mata...
E a estupidez da palavra
tem a força de mil canhões!
... e que depois de
falada, é lança cravada que machuca...
que sangra...que
esbagoa... punhal que rasga a pessoa,
que sucumbe no silêncio e
na dor, de lágrimas choradas!
Não quero bocas amargas,
nem beijos doces de fel...
Não quero carícias
malfadadas, com abraços que não abraçam,
com mãos que não tocam,
com calor que não aquece,
com olhos que não olham,
mas chicoteiam o meu ser!
Não quero pensar
diferente, por apensar ser diferente,
Mas cansei desse mundo
hipócrita, de verdades mentirosas,
de ganância desenfreada,
onde a amizade não vale...
e os sentimentos são
virtualizados em profecias inúteis,
em considerações fúteis,
que castigam o imaginário real.
Cansei da indiferença...da
crença no que não existe...
Na ilusão metafórica e
cruel de uma verdade impura,
De uma sentença insana que
“chibateia”, que machuca,
e que faz de cada um, ser
apenas reflexo daquilo que não é.
Mundo virtual, mundo
ilusório que me abstenho e
prefiro viver longe, sem
tarja, sem máscaras...
...mas não me achem
estranho por pensar diferente,
Só quero permanecer assim,
simplesmente eu e feliz,
mas apenas um viajante,
desconhecido, vivendo aqui,
no mundo...nesse mundo insano dos Poetas
loucos!
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