quinta-feira, 3 de agosto de 2017

O MUNDO INSANO DOS POETAS LOUCOS!

Não...não me achem estranho por pensar diferente!
Não me achem sonhador por querer um mundo que não conheço...
Por não querer vitórias sem luta...
Por querer ter paz sem guerra!
Por querer amar o que vejo...
Por querer ser eu e feliz!

Aprendi, no meu mundo imaginário, que posso sim,
apesar de olhares estranhos e diante da minha ingenuidade,
querer ser apenas eu, sem tarjas, sem máscaras, sem disfarces.
Quero vencer pelo que sou, pelo que faço, pelo que semeio...
e colher os frutos doces de um viver feliz.

Busco em cada passo que possa me levar pelos caminhos do bem,
sonhando pela poesia...voando com as aves...viajando com o vento!
Imaginado que sempre haverá um dia melhor, além do horizonte,
e sorvendo na seiva doce da vida, as verdades que me alimentam.

Se afago as flores, é por gostar do seu perfume!
Se colho frutos, é para sentir o seu sabor!
Se a nudez da minha alma se despe dos preconceitos,
é por entender que a vida é feita de amores e valores...
...valores reais que não se medem em belezas inúteis!
Se trago pés calejados, é por gostar das estradas e
são elas que me escutam, me entendem...
e compreendem o meu jeito de ser!

Não...não me achem estranho por pensar diferente!
Pois a diferença que trago é porque escolhi ser livre,
E encontro na brancura, de céu e terra, as verdades que quero,
...que me alimentam e são por elas que viajo...
desatando nós pelas cercas enegrecidas de fios que não prendem,
onde imagens são apenas ilusões que vivem em mim.
desfolhando em cada folha morta, na lividez das minhas mãos...
os caminhos que percorro, sem estradas, navegando mares sem água,
céus sem nuvens...horizontes sem fim!

Se, busco um mundo sem vencidos e nem vencedores!
Onde a mentira é lâmina que rasga, que fere, que mata...
E a estupidez da palavra tem a força de mil canhões!
... e que depois de falada, é lança cravada que machuca...
que sangra...que esbagoa... punhal que rasga a pessoa,
que sucumbe no silêncio e na dor, de lágrimas choradas!

 Não quero bocas amargas, nem beijos doces de fel...
Não quero carícias malfadadas, com abraços que não abraçam,
com mãos que não tocam, com calor que não aquece,
com olhos que não olham, mas chicoteiam o meu ser!

Não quero pensar diferente, por apensar ser diferente,
Mas cansei desse mundo hipócrita, de verdades mentirosas,
de ganância desenfreada, onde a amizade não vale...
e os sentimentos são virtualizados em profecias inúteis,
em considerações fúteis, que castigam o imaginário real.

Cansei da indiferença...da crença no que não existe...
Na ilusão metafórica e cruel de uma verdade impura,
De uma sentença insana que “chibateia”, que machuca,
e que faz de cada um, ser apenas reflexo daquilo que não é.

Mundo virtual, mundo ilusório que me abstenho e
prefiro viver longe, sem tarja, sem máscaras...
...mas não me achem estranho por pensar diferente,
Só quero permanecer assim, simplesmente eu e feliz,
mas apenas um viajante, desconhecido, vivendo aqui,
no mundo...nesse mundo insano dos Poetas loucos!

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