quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Julgar!

O que as pessoas não entendem,
é que a verdade não se vende...
...nas mazelas da sociedade,
E a arte que nos ensina...
...não vive pelas esquinas,
com os olhos da falsidade!

Nem tem uma justiça cega,
de tantos, que ainda pregam,
...a injúria dos preconceitos,
Que buscam, em torpes palavras,
...a infâmia que é escrava...
dos que só buscam defeitos!

A arte que tantos julgam...
...e a um ato final promulgam,
com a sua gana de vaidade,
É um punhal de fino corte...
...que vai talhando na morte,
um sonho de liberdade!

A liberdade em que a poesia,
...se liberta da tirania...
E dos conceitos reais,
De técnicas, de normas e de atos,
...de quem escraviza, o fato...
De apenas serem normais!

Julgar, ao julgo da sorte...
...talvez seja punhal de corte,
na língua do poder...
De quem a mente escraviza,
...e não conhece a divisa,
entre o ser e o não ser!

Julgar a arte de alguém...
ao modo que lhe convém,
com olhos de escravidão,
Talvez, embora, não deseja...
Quais as víboras que rastejam,
...que só lhes restam, o chão!

Por isso eu me abstenho,
por que o mundo que venho,
a arte é sempre uma arte...
e além de tantos, confesso,
só a verdade, me interesso,
...pois ela, de mim faz parte!

Então, não julguem valores,
...não julguem pelas suas dores,
...ou porque a vida lhe condena,
Quando se abstém da vaidade,
A vida lhe traz verdades...
...de ser livre, por uma pena!

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