sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Para vivermos esse amor!

Não...não me perguntes porque eu te amo,
...se é esse amor que me faze bem!

Como posso não te amar?
- se a tua voz é canção para meus ouvidos,
e as palavras soam hinos de uma melodia de paz;
- se o teu sorriso franco e encantos de mulher,
se desfolham, no amarelar de um  bem me quer,
e causam inveja, nas flores do meu jardim!

Como posso não te amar?
Se o amor, é flor que floresce e ao corpo emudece,
em formas de prece, de sonhos e de encanto...
e transformam as lágrimas doidas, das dores da vida,
que estão de partida, em lírios dos campos.

Amor que se agiganta em sons e palavras.
Amor que aconchega, que acarinha e não acaba.
Amor sincero, luzeiro de estrelas cadentes,
Que se fazem presentes aos olhos do bem...
E quando a noite se achega, se deita em pelegos,
...buscando o achego, do amor que se tem!

Meu mundo pequeno, de fundo de campo...
Galpão quinchado de estrelas e de luas,
De primaveras floridas a embeber saudades,
Que são na verdade, só lembranças tuas.

Cuscos amarrados, no fundo do rancho...
Galpão varrido... tramela pra fora...
Chimarrão a capricho, dois pingos encilhados,
E um amor sufocado a me cortar de esporas.

Vivo os meus dias numa ilusão e sonhos...
Lidando com brutos, ponteando corredor,
E nas noite brasinas, de solidão e guitarra,
A saudade faz farra a contemplar minha flor.

Como posso não te amar?
Se venho de outro tempo...
e se ouço nos sussurros do vento,
...a tua voz, falando pra mim.
E o cheiro doce dos jasmins,
Inundado com o teu perfume,
Se camélias, choram de ciúme;
Se as Rosas pedem atenção...
Porque a vida floriu num galpão...
Que vivia na dor, da escuridão,
E hoje, inundou-se de flor...
não tem escuridão e nem dor,
Colorido a sonhos e primaveras,
Que mesmo ao longe, te espera...
Para vivermos esses amor!