Diante do triste apagão de uma mente viageira...
Saudade de outros tempos, de outros sorrisos fartos,
Que ficaram nos retratos, escusos na imaginação.
Hoje uma menina brinca com trapos envelhecidos,
Por certo já esquecidos de quem fora, na verdade,
E os olhos da tristeza de quem com jeito acarinha,
Se alimenta do que tinha nos retratos da saudade!
O tempo passa às pressas nublando a terna paisagem,
E confunde a imagem de dois olhos entristecidos...
Da Mãe se tornou a filha, sem entender o que passa,
E a vida quebrou a taça, deixando cacos perdidos!
Ficaram velhos sorriso nos retratos da saudade...
E os olhos de Santidade, no silêncio das orações,
A Mão segurando trêmula sem força para o abraço,
E corações em pedaços juntando os cacos do chão.
Os olhos embaçados já não conhecem os seus...
E a lembrança se perdeu por entre nuvens escuras,
Tudo foi esquecido diante do tempo de esperas...
E até mesmo de quem era, se distanciou na lonjura.
Há retalhos enxovalhados de um tempo tão distante,
Quem modifica o semblante sem identificar a figura,
E seres de outros mundos rondando portas e janelas,
E algum outro de sentinela em forma de criatura.
Mas só ela reconhece, com seu olhar esquecido,
Talvez tenham vividos, algo que se desconhece...
E resmungando palavras que só a ela tem sentido,
Encontra o mundo perdido diante de nossas preces.
Não sei se são filhos ou Pais. Avós. Quem sabe irmãos,
Que por alguma razão estão sempre a cuidá-la...
E o seu olhar se perde no vazio que mente vaga...
E que levaram as palavras, pelo esquecido da fala!
Há um embrulhado de fios na escuridão da mente,
E o corpo se ressente sem a firmeza dos passos...
A noite traz os fantasmas que chegam no entardecer,
E a mente tenta reviver o que perdeu no espaço,
Apagaram-se as luzes na escuridão da memória,
E a lua que tinha a glória de ser luz na escuridão,
Ofuscou o seu sorriso para o brilho de cada flor...
Mas ensinou que o amor vale tanto quanto o perdão.
Para sempre serás cuidada, até o dia de perdê-la,
E voltarás à ser estrela num céu radiante de luz...
Até o dia de encontrá-la, pra ver de novo o seu brilho,
E novamente ser teu filho, aliviando a minha cruz!
E a lua que tinha a glória de ser luz na escuridão,
Ofuscou o seu sorriso para o brilho de cada flor...
Mas ensinou que o amor vale tanto quanto o perdão.
Para sempre serás cuidada, até o dia de perdê-la,
E voltarás à ser estrela num céu radiante de luz...
Até o dia de encontrá-la, pra ver de novo o seu brilho,
E novamente ser teu filho, aliviando a minha cruz!
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