quarta-feira, 7 de agosto de 2024
Eu e as bonecas!
Não...eu não queria ter crescido!
Se eu pudesse voltar no tempo,
Para guardar todos os momentos,
E o brinquedos que eu mais queria,
Que por anos me deram alegrias,
De ser feliz com o que eu tinha...
Brincando em meu quarto, sozinha,
Fiz o meu mundo de fantasias.
Quando ganhei a primeira boneca,
Eu tinha uns três ou quatro anos...
Tão linda, minha boneca de pano,
Com seus cabelos encaracolados,
Olhos de botões, esverdeados...
Bochechas gordas e rosadas...
Ele era uma princesa, encantada,
Que dormia ali, do meu lado!
Depois vieram, outras e outras,
Umas grandes, outras pequenas,
Todas feitas de panos e rendas...
Das costuras que a Mamãe fazia,
Que no meu mundo de fantasias,
De menina encantada, inocente,
Elas eram uma parte da gente...
Que tinha o encanto e a magia.
No meu quarto criei castelos:
Iguais os que a Mamãe contava,
Onde até o criado mudo, falava,
Com suas “estórias” fantasiosas,
Para alguma boneca, chorosa...
Vir-se derramar em prantos,
Até eu ninar com o meu canto,
Aonde adormecia, a dengosa!
Eu tive muito trabalho...
Para cuidar de tantas bonecas,
Umas choronas, outras sapecas,
Umas sorrindo, outras cantando,
Às vezes elas ficavam escutando,
Guardando ali, nossos segredos,
Cumplices de sonhos e medos,
Meu tempo, assim, foi passando.
Hoje não tenho mais as bonecas,
Mas sinto muita falta delas...
O que a vida, hoje, me atrela,
No viver do meu dia a dia...
Me tirou toda essa magia,
Da inocência de uma criança,
Que viu o seu mundo na distância,
Com tudo o que eu mais queria.
Às vezes fico pensando:
- Por que as pessoas crescem?
Depois com o tempo, esquecem,
Do seu mundo, do seu passado,
Vivendo os sonhos guardados,
Pelas angústias e os medos,
Escondidas entre os segredos,
Que ainda vivem à seu lado!
Pois eu, jamais esqueço...
Daquela minha vida sapeca,
Meu mundo entre as bonecas,
E retalhos de colchas coloridas,
Que foi a minha história vivida,
Numa infância terna e doce...
Talvez esse tempo, até fosse...
Os anos mais felizes da minha vida!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário