Por onde a pena rasteja...
Que um dia a Mãe natureza,
Deu-lhe a vida, até a morte,
Quando uma árvore de porte,
Quedou ao soar do machado,
Deixando galhos tombados,
Na injusta lei do mais forte.
A outra é metal e tinta...
Deslizando sobre a folha,
Trazendo formas de bolha,
Em toda frase escrita...
Se, a letra não é bonita,
Na união de cada palavra,
O poeta é arador que lavra,
A Santa terra, bendita!
E quando as duas se juntam,
A mão daquele que escreve,
A pena fica mais leve,
Para o papel ganhar cor...
E a letra rebusca a dor,
Na singeleza do poema,
Afogando as duras penas,
De algum anjo escritor.
E assim nascem os versos,
E o papel ganha a vida,
A tinta fresca, escorrida...
Vai mudando a paisagem,
Estrofes formam imagens,
Para àquele atento que lê...
Até os olhos começam ver,
Como se fossem miragens.
E o papel ali exposto...
Ganha forma em moldura,
E a poesia transfigura...
O mais terrunho dilema,
Se a saudade não é pequena,
E as lembranças são tardias,
A noite veste-se da poesia...
Para aliviar as duras penas.
E o poema ganha o mundo,
Em outras folhas timbradas,
Todas unidas e decoradas...
Na estampa d’algum caderno,
São os momentos mais ternos,
De algum poeta, solitário...
Que faz do seu relicário,
Tornar-se um dia, eterno.
Deu-lhe a vida, até a morte,
Quando uma árvore de porte,
Quedou ao soar do machado,
Deixando galhos tombados,
Na injusta lei do mais forte.
A outra é metal e tinta...
Deslizando sobre a folha,
Trazendo formas de bolha,
Em toda frase escrita...
Se, a letra não é bonita,
Na união de cada palavra,
O poeta é arador que lavra,
A Santa terra, bendita!
E quando as duas se juntam,
A mão daquele que escreve,
A pena fica mais leve,
Para o papel ganhar cor...
E a letra rebusca a dor,
Na singeleza do poema,
Afogando as duras penas,
De algum anjo escritor.
E assim nascem os versos,
E o papel ganha a vida,
A tinta fresca, escorrida...
Vai mudando a paisagem,
Estrofes formam imagens,
Para àquele atento que lê...
Até os olhos começam ver,
Como se fossem miragens.
E o papel ali exposto...
Ganha forma em moldura,
E a poesia transfigura...
O mais terrunho dilema,
Se a saudade não é pequena,
E as lembranças são tardias,
A noite veste-se da poesia...
Para aliviar as duras penas.
E o poema ganha o mundo,
Em outras folhas timbradas,
Todas unidas e decoradas...
Na estampa d’algum caderno,
São os momentos mais ternos,
De algum poeta, solitário...
Que faz do seu relicário,
Tornar-se um dia, eterno.
Depois, a pena se aquieta...
Mas o papel ganha vida,
E aquela dor escondida...
Que escorreram pelos dedos,
Foram saindo sem medo...
Na forma rude de um verso,
Até ganhar o Universo...
Estampando algum segredo.
E o poema é solto ao tempo,
Como quem clama em prece,
E até o vento emudece,
Vindo alumbrar meus dias,
Trazendo a noite vazia,
Para atormentar minha dor,
Pois quem não sofre de amor,
Não sabe o valor da poesia.
Não há instante mais terno,
Que um poeta meditando,
Talvez, são anjos falando,
No seu jeito menestrel...
E lá do palco do céu,
De alguma estrela sozinha,
Que ditando linha por linha,
Dão vida a pena e o papel.
E os sentimentos se afloram...
E os sentimentos se agigantam,
Até os mais rudes se encantam,
Com a beleza de um poema,
Quando mágoas e dilemas...
Essas dores do universo,
São trocadas por um verso,
Na magia de uma pena.
E assim o ciclo se encerra,
O papel, a pena e o poeta...
Formam a tríade predileta,
Das partes de um pentagrama,
Que o verso rude proclama,
Quando se junta à guitarra,
E ao mundo solta as amarras,
Dando vida a quem declama.
E a poesia já não é minha,
E a poesia já não é nossa...
Talvez um dia ela possa,
Trazer a paz que é clamor...
Se cada soldado, meu senhor!
Não tiver a alma, pequena,
Troca a arma por uma pena,
E faça versos de amor.
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