Germinando em terra forte…
Uns já nascem com a sorte,
Outros ganham ali na frente,
Talvez seja o grande presente,
Que não se leva na partida…
Essa herança pré concebida,
De amar, de amor e de razão,
De quem se eleva no perdão,
Todos os sentidos da vida.
Ninguém é melhor que ninguém,
E isso é um conceito Divino…
Nem nasce grosso ou fino…
E todos sabem porque vêem,
E trazem consigo, também…
Os seus anjinhos protetores,
São cuidadosos, zeladores,
Da gente, enquanto criança,
Dando-nos a fé e a esperança,
Para aprendermos, valores.
Depois, seguimos os passos,
Sempre levados pela mão…
Guardando amor no coração,
Acolhendo em cada abraço,
Conhecendo o tenro espaço,
Entre a mentira e a verdade,
Entre o carinho e a dignidade,
O valor de uma palavra dita…
E essa esperança bendita,
Nos desígnios da igualdade.
Aprendemos, desde cedo,
(Pelo menos seria o correto)
Que ninguém é tão analfabeto,
Embora com os seus medos…
Que não tenha algum segredo,
Em que possa nos ensinar…
E conjugue o verbo amar,
Na sua forma mais singela,
Por saber que a vida é bela,
Pra quem sabe compartilhar.
Nesta caminhada terrena…
Chegamos aqui sem nada,
Uma leve alma replantada,
Numa matéria ainda pequena,
Teatro que a vida encena…
Livro em branco sendo escrito,
Arte de um quadro bonito…
Que com o tempo aperfeiçoa,
Quando o valor da pessoa…
Não se perde ao mundo proscrito.
Todos somos regados à luz,
Luz de um amor tão intenso,
Julgados na fé e o bom censo…
Do amor que a todos conduz,
Sementeiro na mão de Jesus,
Batizados na mesma unção…
Pela força imposta às mãos,
Num passe que a vida requer,
Para nos mantermos em pé…
Na esperança que vem da oração.
Crescemos pra sermos caminho,
Estrada pr'outros virem atrás…
Sempre em busca da paz…
Quem não sabe viver sozinho,
Em cada abraço de carinho...
Em cada mão estendida…
Em cada palavra proferida,
Como bálsamos curando a dor,
Orvalha-se em chuvas de amor,
Esperança de uma nova vida.
Que nunca morra a verdade,
Nem as palavras de Deus…
Que encontre junto dos teus,
Os sentimentos de lealdade…
Pois nascemos sem maldade,
Sem preconceito, xenofobia...
Sem racismo, sem a mania,
Dessa grandeza irracional…
Que na vida só nos faz mal,
E estraga o ser a cada dia.
Que o teu amor seja o elo…
Desta corrente fraterna,
Sabendo que a vida é eterna,
Haverá tempo de dor e flagelo,
Mas o mundo continuará belo,
Para que tem alma para ver…
E por certo que vais conhecer,
Um céu - um limbo - as trevas,
Pois daqui de nada se leva…
No dia em que o corpo morrer!
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