Apenas chore, se tu achares por bem…
Finja para os outros, minta que me ama,
E esqueça tudo o que não lhe convêm!
Vista-se de preto para fingir o luto…
Derrama umas lágrimas, embora em vão,
Não fales de mim, que eu ainda escuto…
E quem sabe, até, me levante do caixão.
Derrama umas lágrimas, embora em vão,
Não fales de mim, que eu ainda escuto…
E quem sabe, até, me levante do caixão.
Se eu morrer ante de ti, não se exalte,
Nem fique sorrindo, não é de bom tom,
Ponha um preto na cor do esmalte…
E quem sabe um roxo na cor do batom.
Assim, quem sabe, acreditem na tua dor,
A viúva, donzela, tão solitária e infeliz…
Finja para eles que era puro teu amor…
E recorde os momentos que fostes feliz!
Se eu morrer antes de ti, não esqueça,
Que doei a minha vida quase toda pra ti,
Ainda lembro das falsas dores de cabeça,
E todas as brincadeiras para vê-la sorrir.
As vezes que briguei com o mundo em vão,
Para defender os teus tantos devaneios,
Com todas amantes da tua imaginação…
E as vezes, em que a menstruação não veio.
Se eu morrer antes de ti, deixe-me ir…
Ao frio do corpo que busca um começo,
Quem sabe noutro plano possa conseguir,
Um pouco de vida, a paz que eu mereço.
Sem comentários:
Enviar um comentário