Não...não me perguntes
porque eu te amo,
...se é esse amor que me
faze bem!
Como posso não te amar?
- se a tua voz é canção
para meus ouvidos,
e as palavras soam hinos de
uma melodia de paz;
- se o teu sorriso franco
e encantos de mulher,
se desfolham, no amarelar
de um bem me quer,
e causam inveja, nas
flores do meu jardim!
Como posso não te amar?
Se o amor, é flor que
floresce e ao corpo emudece,
em formas de prece, de
sonhos e de encanto...
e transformam as lágrimas
doidas, das dores da vida,
que estão de partida, em lírios
dos campos.
Amor que se agiganta em
sons e palavras.
Amor que aconchega, que
acarinha e não acaba.
Amor sincero, luzeiro de estrelas
cadentes,
Que se fazem presentes aos
olhos do bem...
E quando a noite se
achega, se deita em pelegos,
...buscando o achego, do
amor que se tem!
Meu mundo pequeno, de
fundo de campo...
Galpão quinchado de
estrelas e de luas,
De primaveras floridas a
embeber saudades,
Que são na verdade, só
lembranças tuas.
Cuscos amarrados, no fundo
do rancho...
Galpão varrido... tramela
pra fora...
Chimarrão a capricho, dois
pingos encilhados,
E um amor sufocado a me
cortar de esporas.
Vivo os meus dias numa
ilusão e sonhos...
Lidando com brutos,
ponteando corredor,
E nas noite brasinas, de
solidão e guitarra,
A saudade faz farra a
contemplar minha flor.
Como posso não te amar?
Se venho de outro tempo...
e se ouço nos sussurros do
vento,
...a tua voz, falando pra
mim.
E o cheiro doce dos
jasmins,
Inundado com o teu
perfume,
Se camélias, choram de ciúme;
Se as Rosas pedem
atenção...
Porque a vida floriu num
galpão...
Que vivia na dor, da escuridão,
E hoje, inundou-se de
flor...
não tem escuridão e nem
dor,
Colorido a sonhos e
primaveras,
Que mesmo ao longe, te
espera...
Para vivermos esses amor!
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